Pelo menos 91 palestinianos morreram em bombardeamentos em Gaza

Pelo menos 91 palestinianos, incluindo 24 crianças e sete mulheres, morreram entre a tarde de terça-feira e hoje devido aos bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza, segundo fontes médicas e da Defesa Civil do enclave.

Lusa /
Said Khatib - AFP

A Defesa Civil no enclave palestiniano disse anteriormente que pelo menos 50 pessoas, incluindo 22 crianças, tinham sido mortas em ataques israelitas na Faixa de Gaza durante a madrugada.

Esta onda de ataques israelitas, que atingiu de norte a sul a Faixa de Gaza, começou na tarde de terça-feira, por ordem do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, depois de ter acusado o Hamas de violar o cessar-fogo, em vigor há mais de duas semanas.

Fontes no enclave confirmaram à agência de notícias EFE que os bombardeamentos israelitas ainda não cessaram e o Governo israelita não anunciou por quanto tempo vão continuar.

O centro da Faixa de Gaza foi a zona mais atingida, com pelo menos 42 mortos, pelos ataques - muitos destes realizados por drones - contra casas e edifícios no campo de refugiados de Nuseirat, segundo fontes médicas.

Num desses ataques, Israel destruiu a casa da família Abu Dalal, matando 20 pessoas, 15 das quais foram levadas para a morgue, enquanto cinco permanecem presas nos escombros.

O Exército israelita atacou também tendas que abrigavam pessoas deslocadas noutras áreas no centro do enclave. Pelo menos seis pessoas morreram na sequência de um ataque israelita a uma destas tendas no campo de Arad Insan, a leste do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa.

Outros cinco habitantes de Gaza foram mortos quando um drone explodiu contra uma tenda na praça da cidade de Deir al-Balah, no centro de Gaza.

Na Cidade de Gaza, para onde milhares de pessoas têm regressado desde que o cessar-fogo entrou em vigor, pelo menos 28 pessoas morreram em ataques israelitas, a maioria dos quais visavam apartamentos familiares.

No sul, Israel matou 18 pessoas, cinco delas depois de bombardear um veículo civil a noroeste da cidade de Khan Yunis.

Na tarde de terça-feira, Netanyahu ordenou ao exército que realizasse "ataques contundentes na Faixa de Gaza", após uma reunião do Gabinete de Segurança, segundo um comunicado do Executivo de Israel.

A reunião de segurança foi convocada depois de o Hamas ter devolvido a Israel os restos mortais de um refém, que, após exames forenses, foram identificados como pertencentes a um prisioneiro cujo corpo já tinha sido recuperado em 2023.

Israel alegou que membros do grupo palestiniano atacaram os seus militares em Rafah, num incidente em que um soldado israelita foi morto. O grupo palestiniano negou qualquer envolvimento nestes ataques.
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