Aprovadas as listas oficiais da coligação AD às eleições legislativas

O Conselho Nacional do PSD deu ontem à noite luz verde ao documento por larga maioria, com duas abstenções e dois votos contra. Também o CDS-PP aprovou em Conselho Nacional a lista de candidatos para as eleições de 10 de março.

RTP /
Manuel de Almeida - Lusa

As listas contam com candidatos independentes, com regressos, mas também com muitas saídas em relação à atual bancada do PSD.

À saída do Conselho Nacional desta noite, Luís Montenegro garante que o documento reflete uma abertura do PSD à sociedade e desvaloriza críticas.

A polémica prende-se com o anúncio de Miguel Pinto Luz como cabeça de lista em Faro e as estruturas locais do partido contestam a escolha de alguém sem ligação ao distrito. Depois da polémica, Miguel Pinto Luz é mesmo caabeça de lista por Faro.

Ao todo são oito os independentes.
Cerca de 30% dos atuais deputados do PSD em lugares elegíveis
Dos atuais 76 deputados do PSD, cerca de 30% estão nas listas da Aliança Democrática (AD
) aprovadas esta segunda-feira à noite em lugares elegíveis, tendo como referência os resultados das legislativas de 2022.
São pouco mais de 20 os deputados do PSD que se recandidatam às legislativas antecipadas de 10 de março em lugares elegíveis, aos quais acrescem cerca de uma dezena em lugares dificilmente elegíveis ou como suplentes.

Ficaram de fora das listas da coligação com CDS-PP e PPM aprovadas pelo Conselho Nacional do PSD na segunda-feira à noite 44 dos atuais deputados do partido, o que equivale a aproximadamente 57%.

Na semana passada, António Maló de Abreu desfiliou-se do partido, e passou a deputado não inscrito.

A direção de Luís Montenegro, que substituiu Rui Rio na liderança do PSD a meio de 2022, decidiu manter apenas dois dos 22 cabeças de lista a essas eleições: Sónia Ramos, em Évora, e Paulo Moniz, nos Açores.

Entre os atuais deputados do PSD que não constam das listas às legislativas estão Duarte Pacheco, Fernando Negrão, Paulo Mota Pinto, André Coelho Lima, José Silvano, Paulo Rios de Oliveira, Hugo Carvalho, Sara Madruga da Costa e Joana Barata Lopes – e também Adão Silva, que já tinha anunciado a intenção de não se recandidatar.

Da atual bancada, em lugares considerados elegíveis estão, entre outros, o atual líder parlamentar, Joaquim Miranda Sarmento, Hugo Carneiro, Clara Marques Mendes, Alexandre Poço, Miguel Santos, Carlos Eduardo Reis, Jorge Paulo Oliveira, Germana Rocha, Andreia Neto, Isaura Morais, João Moura e Emília Cerqueira.
Nuno Melo é o número dois pelo Porto nas listas da Aliança Democrática
O líder do CDS-PP, Nuno Melo, é o número dois pelo Porto nas listas de candidato da Aliança Democrática às próximas legislativas e o vice-presidente, Paulo Núncio, por Lisboa, no quarto lugar.

O acordo da Aliança Democrática permitirá, em princípio, o regresso do CDS-PP à Assembleia da República, depois de nas últimas eleições legislativas, em 2022, não ter conseguido eleger, pela primeira vez na história do partido, qualquer deputado.

Nuno Melo, atual eurodeputado do CDS-PP, lidera o partido desde 2022. Paulo Núncio foi secretário de Estado dos Assuntos Fiscais entre 2011 e 2015.

De acordo com fonte oficial do CDS-PP, Paulo Núncio e os antigos deputados Telmo Correia e Cecília Meireles vão coordenar a elaboração do programa eleitoral da AD em nome do partido, além de Paulo Bobone, (ex-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa) e Ricardo Pinheiro Alves (responsável pelo conselho estratégico do CDS-PP).
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