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Deputados brasileiros aprovam estrutura ministerial de Lula a 24 horas do fim

por Lusa
Esplanada dos Ministérios com o Congresso Nacional ao fundo, em Brasília Ricardo Moraes - Reuters

A Câmara de Deputados do Brasil aprovou a estrutura dos 37 ministérios do governo de Lula da Silva, após um impasse que poderia ter terminado com a dissolução de vários ministérios nas próximas 24 horas.

A medida deverá ser aprovada ainda no Senado, que é um pouco mais favorável ao governo brasileiro. Os deputados aprovaram o texto por 337 votos a favor e 125 contra.

A votação no Senado decorre esta quinta-feira às 14h00 em Lisboa.

Lula da Silva, através da medida provisória - um mecanismo que precisa de ser aprovado no prazo de 120 dias na Câmara e no Senado -, aumentou os ministérios, criando as tutelas dos Povos Indígenas, Direitos Humanos e Orçamento, Além disso, reorganizou funções entre as pastas e deu mais poder ao Ministério do Ambiente no combate ao desmatamento e à mineração ilegal.

Apesar desta vitória do governo, antes da votação, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, teceu duras críticas à administração de Lula da Silva, avisando que a medida provisória poderia ser chumbada e que "o problema não é da Câmara, ou do Congresso, o problema está no governo na falta ou ausência de articulação".

"Há uma insatisfação generalizada dos deputados e talvez dos senadores com a falta de articulação política do governo, não de um ou outro ministro", acrescentou o líder na câmara baixa, eleito com os votos do partido de Lula da Silva, mas que nas eleições presidenciais anunciou o apoio ao agora ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

A maioria do Congresso é composta pelo chamado `centrão`, um conjunto de partidos políticos predominantemente de direita que usa a sua força em bloco na defesa dos próprios interesses.

Em causa, estava a votação da medida provisória que define a estrutura de ministérios do governo de Lula da Silva, que passaram de 23, no mandato de Jair Bolsonaro, para 37.

Caso não seja aprovado agora no Senado deixa de valer e regressa o formato anterior, com 23 ministérios.

A imprensa local deu conta que na terça-feira, dia em que deveria ter sido votado o texto na Câmara de Deputados, o governo brasileiro libertou 1,7 mil milhões de reais (310 milhões de euros) em emendas parlamentares para evitar uma nova derrota no Congresso, um recurso do orçamento para finalidades públicas, geralmente relacionado com o interesse temático e eleitoral de cada parlamentar.

 

 

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