Moçambique. Número de portugueses por localizar baixou de 30 para sete

por RTP
Há registo de cerca de 800.000 pessoas de alguma forma afetadas com o ciclone Idai Mike Hutchings - Reuters

O número de portugueses por localizar no centro de Moçambique depois do ciclone Idai baixou de 30 para sete, declarou esta terça-feira o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves.

"Ontem eram apenas sete pessoas por contactar, não há mais nenhum registo" e admite-se que sejam portugueses que não têm meios de contacto permanente, como telemóveis, explicou.

Em entrevista à RTP, o secretário de Estado das Comunidades reforçou o esforço que tem sido feito para contactar os portugueses em Moçambique, lembrando que inicialmente havia 93 pessoas que estavam incontactáveis. José Luís Carneiro admite que um dos casos se tem revelado particularmente difícil, não conseguindo garantir que não haja vítimas portuguesas.

Aquele membro do Governo encontra-se na Beira desde segunda-feira e deverá permanecer na cidade mais afetada pelo ciclone até final da semana, em contacto com a comunidade de 2.500 portugueses e acompanhando as forças operacionais ali deslocadas, compostas por 110 elementos.

As forças militares e de proteção civil estão envolvidas em diversas atividades, entre as quais a distribuição de alimentos e purificação de água no distrito de Buzi, o mais alagado.

Um hospital de campanha do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) de Portugal, com equipamento e médicos, poderá vir a ser ativado para reforçar o contingente, acrescentou.

As autoridades moçambicanas já contabilizaram quase 447 mortos devido aos ventos ciclónicos de 14 e 15 de março e às cheias dos dias seguintes, mas o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, admite que o número possa ultrapassar os mil.

Há registo de cerca de 800.000 pessoas de alguma forma afetadas com o ciclone Idai.

 

c/Lusa

Tópicos
pub