Poder de compra em Portugal desce para 76,6% da média da União Europeia em 2017

O poder de compra em Portugal fixou-se em 76,6% da média da União Europeia em 2017, abaixo do ano anterior (77,2%), ocupando o 16º. lugar entre os países da zona euro, divulgou hoje o INE.

Lusa /
Considerando apenas os 19 Estados-membros que integram a zona euro, Portugal ocupava em 2017 a 16.ª posição Reuters

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o Produto Interno Bruto (PIB) `per capita` expresso em Paridades de Poder de Compra (PPC) no ano passado foi inferior em 0,8 pontos percentuais ao verificado em 2016.

Entre os 37 países analisados, o INE destaca que a dispersão é "muito significativa", entre o Luxemburgo (com 253% da média da UE) que apresenta o maior índice de volume, ou seja, mais de duas vezes e meia acima da média da UE28 e cerca de cinco vezes maior que o da Bulgária (com 49,3%), o país da UE com o valor mais baixo.

Em último lugar da lista surge a Albânia, com 30,5%, um dos países que também consta da análise.

Considerando apenas os 19 Estados-membros que integram a zona euro, Portugal ocupava em 2017 a 16.ª posição, abaixo da Estónia (78,8%), da Lituânia (78,4%) e à frente da Eslováquia (76,2%), Grécia (67,2%) e Letónia (66,8%).

Em termos nominais, o PIB `per capita` de Portugal em 2017 apresentou um crescimento positivo (4,6%), determinado pelo aumento nominal do PIB (4,6%) e pela diminuição da população (-0,24%).

Relativamente à despesa de consumo individual `per capita` (DCIpc), que o INE refere como sendo um indicador mais apropriado para refletir o bem-estar das famílias, o posicionamento relativo de Portugal é superior à indicada pelo PIB `per capita` no conjunto dos países considerados, ocupando a 13ª posição entre os países da zona euro.

Entre 2016 e 2017, a DCIpc medida em paridades de pode de compra fixou-se em 82,2% da média da UE, mantendo-se praticamente ao mesmo nível de 2016.

O INE adverte que estes resultados "devem ser analisados com prudência, particularmente em termos de evolução temporal, uma vez que ao longo do tempo verificam-se alterações de diferente natureza, nomeadamente ao nível da seleção do cabaz comum de bens e serviços em comparação, dos métodos e fontes dos preços utilizados no exercício PPC e da substituição de valores preliminares por definitivos da contabilidade nacional".

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