Apesar da descida de temperatura prevista para os próximos dias em Portugal, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera garante que não há motivo para preocupação.
Um anticiclone localizado a noroeste da Galiza contribuirá para a intensificação do frio, durante os próximos quatro ou cinco dias.
Também está prevista precipitação fraca nas regiões localizadas acima do sistema montanhoso Montejunto-Estrela.
Em alguns distritos a norte, como Guarda e Bragança, os termómetros registarão valores abaixo de zero. A partir do início da próxima semana a amplitude térmica diária manter-se-á sem grandes oscilações.
Em declarações à RTP, Ângela Lourenço, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, explicou que, apesar da descida de temperaturas, não há motivo para alarme.
A vaga de frio com origem na Escandinávia que tem assolado diversos países na Europa central e de leste não será tão intensa em Portugal.
A meteorologista referiu que, em comparação com as temperaturas europeias, os valores das mínimas e máximas em território nacional serão mais elevados.
Europa glaciar
A massa polar que se tem formado na atmosfera em torno da Europa central e leste causou múltiplas contingências como o cancelamento de voos, paralisação de transportes públicos e corte de energia elétrica em algumas cidades europeias.
Com os termómetros a atingir temperaturas entre os 20 e os 32 graus negativos, países como Polónia, Bulgária, Alemanha e Itália estão desde terça-feira em alerta glaciar. Os Balcãs têm sido a região mais afetada.
Estima-se que mais de 60 pessoas, dispersas pelo território europeu, não tenham resistido ao frio intenso.
Grande parte das vítimas são pessoas sem habitação ou de grupos vulneráveis como sem-abrigo, imigrantes e idosos.