Portugal resiste à massa de ar polar que se abate sobre a Europa

por RTP
A Europa tem sido assolada por uma vaga de frio intenso. Estima-se que cerca de 60 pessoas não tenham resistido às temperaturas negativas Fabrizio Bensch - Reuters

Apesar da descida de temperatura prevista para os próximos dias em Portugal, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera garante que não há motivo para preocupação.

Portugal está a ser afetado por uma frente fria que fará cair as temperaturas entre três a sete graus até ao fim de semana, sem previsão de queda de neve. "Não será sem dúvida um frio tão intenso como foi registado na Europa nos últimos dias", informou a meteorologista Ângela Lourenço.

Um anticiclone localizado a noroeste da Galiza contribuirá para a intensificação do frio, durante os próximos quatro ou cinco dias.

Também está prevista precipitação fraca nas regiões localizadas acima do sistema montanhoso Montejunto-Estrela.

Em alguns distritos a norte, como Guarda e Bragança, os termómetros registarão valores abaixo de zero. A partir do início da próxima semana a amplitude térmica diária manter-se-á sem grandes oscilações.

Em declarações à RTP, Ângela Lourenço, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, explicou que, apesar da descida de temperaturas, não há motivo para alarme.

A vaga de frio com origem na Escandinávia que tem assolado diversos países na Europa central e de leste não será tão intensa em Portugal.

A meteorologista referiu que, em comparação com as temperaturas europeias, os valores das mínimas e máximas em território nacional serão mais elevados.
Europa glaciar 
A massa polar que se tem formado na atmosfera em torno da Europa central e leste causou múltiplas contingências como o cancelamento de voos, paralisação de transportes públicos e corte de energia elétrica em algumas cidades europeias.



Com os termómetros a atingir temperaturas entre os 20 e os 32 graus negativos, países como Polónia, Bulgária, Alemanha e Itália estão desde terça-feira em alerta glaciar. Os Balcãs têm sido a região mais afetada.

Estima-se que mais de 60 pessoas, dispersas pelo território europeu, não tenham resistido ao frio intenso.

Grande parte das vítimas são pessoas sem habitação ou de grupos vulneráveis como sem-abrigo, imigrantes e idosos.
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