200 famílias reassentadas no centro de Moçambique para expansão da Vulcan

Pelo menos 200 famílias serão reassentadas na província de Tete, centro de Moçambique, para permitir a expansão da mineradora Vulcan, que explora carvão, disse a secretária de Estado naquela província.

Lusa /

"Das pessoas que vão ser reassentadas, na ordem de 200 famílias, visitámos a casa modelo e visitámos outras casas já concluídas, e outras ainda em processo de conclusão, mas também visitámos a componente de infraestruturas sociais, estamos a falar de escolas e centros de saúde, centros infantis, sistemas de abastecimento de água e as vias", disse Cristina Mafumo, secretaria de Estado em Tete.

Citada hoje pela comunicação social local, a governante acrescentou que a empresa mineradora indiana vai assegurar que as famílias reassentadas recebam também uma área para a prática das atividades agrícolas. 

As obras de reassentamento estão orçadas em cerca de 20 milhões de dólares (17 milhões de euros) e já estão a 70% de execução e a empresa diz que quer construir uma cidade modelo na localidade onde serão reassentadas as famílias.

A Vulcan explora em Moatize uma área de 250 quilómetros quadrados e a comunidade mais próxima das minas está localizada a, pelo menos, 350 metros, avançou a empresa.

A empresa privada indiana faz parte do Jindal Group, com um valor de mercado de 18 mil milhões de dólares (15,5 mil milhões de euros), e antes já estava presente em Moçambique, operando a mina Chirodzi, localizada também na região de Tete.

Só nos últimos três anos, a Vulcan produziu anualmente mais de 35 milhões toneladas de carvão nas suas minas em Moatize, uma operação comprada, em abril de 2022, à brasileira Vale por mais de 270 milhões de dólares (233 milhões de euros).

A Vale esteve presente em Moçambique por 15 anos, tendo explorado a mina de Moatize e 912 quilómetros de ferrovia no Corredor Logístico de Nacala para o transporte de carvão, infraestrutura também vendida à Vulcan.

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