36 empresas brasileiras na Feira Internacional de Luanda

O Brasil estará representado por 36 empresas na 24ª edição da Feira Internacional de Luanda (Filda), que decorrerá entre os dias 10 a 15 de Julho, anunciaram hoje fontes empresariais.

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A missão brasileira inclui empresas dos sectores de construção, máquinas e equipamentos, veículos, alimentos e bebidas, utilidades domésticas, decoração, bijuterias, confecções, calçado, móveis e produtos de limpeza.

"Queremos facilitar o acesso de novas empresas ao mercado angolano, além de estimular o crescimento das exportações de pequenas e médias que já actuam em Angola, ampliando sua participação nos negócios com a África", disse o responsável pela estatal APEX, Juarez Leal.

A projecção da Agência de Promoção de Exportações e de Investimento (APEX) é que a Filda irá gerar negócios de 11 milhões de dólares (8,17 milhões de euros) para as empresas brasileiras.

Juarez Leal salientou que a Filda é a principal feira de negócios do sudoeste africano e alcança também mercados de países fronteiriços como República do Congo, Namíbia, Botsuana, Zimbabué, Gabão e Zâmbia.

No ano passado, a missão brasileira integrou 23 empresas, que realizaram negócios imediatos de cerca de 692 mil dólares (514 mil euros) e promessas transacções de 7,41 milhões de dólares (5,5 milhões de euros), salientou a APEX.

O pavilhão brasileiro ocupará uma área de 500 metros quadrados e terá ainda um espaço para degustação de pão de queijo e café brasileiros.

Nos últimos 12 meses, oito redes brasileiras abriram lojas em Angola, nomeadamente as "franchising" Richards, Bobs, Mundo Verde, Fisk, Sapataria do Futuro, Boticário, Mister Sheik e Werner.

"A grande vantagem do mercado angolano diz respeito à real possibilidade de negócios para pequenas empresas brasileiras, com produtos direccionados à população de pequeno e médio poder aquisitivo", disse Juarez Leal.

Factores como a similaridade cultural, a língua portuguesa, a religião predominantemente católica e o clima, facilitam a interacção e ajudam a promover as exportações brasileiras para Angola, sublinhou o responsável.

Em 2006, as exportações brasileiras para Angola ascenderam a 838 milhões de dólares (622 milhões de euros), nomeadamente de produtos como açúcar, carne bovina, biscoitos, leite e derivados, ferro e aço, móveis e tractores.

O Brasil importou de Angola petróleo, resíduo de alumínio, ferramentas e objectos de madeira, num total de 464 milhões de dólares (344,6 milhões de euros).


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