No PS Roseta, Cravinho, Lacão e Maria de Belém farão parte da Comissão Política

por Agência LUSA

Os deputados socialistas Helena Roseta, João Cravinho, Jorge Lacão e Maria de Belém Roseira farão parte da nova Comissão Política do PS, como alguns dos 12 nomes indicados pela candidatura de Manuel Alegre para aquele órgão do partido.

De acordo com o director de campanha de Manuel Alegre, Osvaldo Castro, que também fará parte dos 65 efectivos da Comissão Nacional do PS, Medeiros Ferreira e Alberto Martins, além do próprio Manuel Alegre, serão outros nomes indicados pela candidatura derrotada à liderança do PS.

"Na reunião que tive esta noite com Capoulas Santos, ficou decidido que será apresentada uma lista única, na qual teremos direito a 12 lugares - o que corresponde à proporção exacta que teríamos se houvesse duas listas - ordenados alfabeticamente", declarou Osvaldo Castro à agência Lusa.

João Cravinho, Maria de Belém e Osvaldo Castro eram já os primeiros nomes da lista encabeçada por Manuel Alegre para o órgão máximo do PS entre congressos, a Comissão Nacional, que elegeu 46 dos 250 membros, contra 204 de José Sócrates.

O coordenador da campanha do secretário-geral do PS, Capoulas Santos, confirmou à agência Lusa que "ficou acordada a elaboração de uma lista única, que será apresentada alfabeticamente, uma vez que serão todos eleitos", em que o número de lugares indicados pelas duas candidaturas "corresponde à representatividade obtida na eleição para a Comissão Nacional".

Apesar de afirmar que essa lista está concluída, o ex-ministro da Agricultura não quis, no entanto, avançar nenhum dos 53 nomes indicados pelo secretário-geral, mas ressalvou que estes "não terão de ser, necessariamente, membros da Comissão Nacional" e adiantou que alguns dirigentes "farão parte do Secretariado Nacional e outros da Comissão Política".

"Todos podem aspirar justamente aceder aos lugares mais elevados, que são escassos. É preciso gerir expectativas, procurando que ninguém se sinta magoado", acrescentou Capoulas Santos, reconhecendo a dificuldade de escolher, entre os 204 apoiantes de José Sócrates que estão na Comissão Nacional, quais estarão também no maior órgão executivo do partido.

Segundo Capoulas Santos e Osvaldo Castro, ficou também decidido que cada candidatura terá igualmente um número proporcional de suplentes na lista única para a Comissão Política do partido - que será votada este sábado, na primeira reunião da Comissão Nacional eleita no Congresso de Guimarães, que elegerá também os 11 elementos do Secretariado Nacional.

Osvaldo Castro considerou o acordo conseguido na reunião com o coordenador de campanha de José Sócrates "um sinal politicamente muito relevante por parte do secretário-geral" e elogiou a posição do novo líder socialista face à candidatura de Alegre.

"É um indício de que o PS está unido e vai partir unido para as batalhas que temos pela frente. O papel do secretário-geral é de enaltecer", afirmou.

"Quisemos desdramatizar esta aparente antítese e dar um sinal político de que o nosso inimigo é externo: o PSD e a direita", disse, por sua vez, Capoulas Santos.

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