Mundo
"A Venezuela será livre". María Corina Machado promete regressar e pôr fim à "tirania"
A vencedora do Prémio Nobel da Paz, Maria Corina Machado deu uma conferência de impressa na Noruega. Prometeu regressar à Venezuela e que o país "será livre", incentivando o povo venezuelano a continuar a lutar.
A líder da oposição venezuelana surgiu pela primeira vez em público após quase um ano na clandestinidade, tornando-se o centro das atenções na capital norueguesa, onde foi homenageada pela sua luta a favor da democracia.
O Instituto do Nobel sublinhou que Corina Machado fez "tudo o que estava ao seu alcance para comparecer à cerimónia", realizando uma viagem de "extremo perigo".
Num discurso emotivo, Machado agradeceu "àqueles que arriscaram as suas vidas" para levá-la até à Noruega e reiterou que pretende voltar ao país natal, apesar das advertências de que poderá ser presa.
No decorrer da entrega do prémio, num discurso escrito por Machado e lido pela sua filha Ana Corina Sousa, a opositora acusou o regime de Maduro de recorrer a sequestros e torturas "para enterrar a vontade do povo", classificando essas práticas como "crimes contra a humanidade" e "terrorismo de Estado".
Corina Machado ganha o Prémio da Paz pela "sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia" e dedica o prémio ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por apelar à intervenção estrangeira na Venezuela.
Maduro insiste que as operações dos EUA - que Corina Machado apoiou - têm como objetivo derrubar o seu governo e apreender as reservas de petróleo da Venezuela.
O Instituto do Nobel sublinhou que Corina Machado fez "tudo o que estava ao seu alcance para comparecer à cerimónia", realizando uma viagem de "extremo perigo".
Num discurso emotivo, Machado agradeceu "àqueles que arriscaram as suas vidas" para levá-la até à Noruega e reiterou que pretende voltar ao país natal, apesar das advertências de que poderá ser presa.
Caracas já tinha declarado que a consideraria fugitiva caso saísse da Venezuela. Ainda assim, a opositora assegura que não desistirá: "Vim receber o prémio em nome do povo venezuelano e vou levá-lo de volta para a Venezuela no momento certo."
Embora Corina Machado seja a líder "indiscutível" da oposição, um exílio prolongado poderá diminuir a sua influência interna. Ao mesmo tempo, o eventual regresso poderá colocá-la em perigo.
"Ela corre o risco de ser presa se voltar, mesmo que as autoridades tenham demonstrado mais moderação com ela do que com muitos outros, porque prendê-la teria um valor simbólico muito forte", admitiu Benedicte Bull, professora na Universidade de Oslo.
Após estar fugitiva por mais de 16 meses - uma vez que última vez que tinha aparecido em público fora a 9 de janeiro, em Caracas, quando protestou contra a tomada de posse de Maduro para um terceiro mandato - na madrugada desta quinta-feira, reapareceu numa varanda do Grand Hotel, em Oslo, acenando a apoiantes que gritavam "liberdade", antes de descer para abraçar e rezar com muitos deles.
"Durante mais de 16 meses, não pude abraçar nem tocar em ninguém". De repente, em poucas horas, pude ver as pessoas que mais amo, tocá-las, chorar e rezar com elas", disse Corina Machado numa entrevista à BBC.
Machado lamenta ainda ter perdido momentos familiares importantes durante o tempo em que viveu no exilo, mas mantém a vontade de continuar a lutar. "Estarei no lugar onde sou mais útil para a nossa causa", afirmou, deixando em aberto quando e como tentará regressar.
Embora Corina Machado seja a líder "indiscutível" da oposição, um exílio prolongado poderá diminuir a sua influência interna. Ao mesmo tempo, o eventual regresso poderá colocá-la em perigo.
"Ela corre o risco de ser presa se voltar, mesmo que as autoridades tenham demonstrado mais moderação com ela do que com muitos outros, porque prendê-la teria um valor simbólico muito forte", admitiu Benedicte Bull, professora na Universidade de Oslo.
Após estar fugitiva por mais de 16 meses - uma vez que última vez que tinha aparecido em público fora a 9 de janeiro, em Caracas, quando protestou contra a tomada de posse de Maduro para um terceiro mandato - na madrugada desta quinta-feira, reapareceu numa varanda do Grand Hotel, em Oslo, acenando a apoiantes que gritavam "liberdade", antes de descer para abraçar e rezar com muitos deles.
"Durante mais de 16 meses, não pude abraçar nem tocar em ninguém". De repente, em poucas horas, pude ver as pessoas que mais amo, tocá-las, chorar e rezar com elas", disse Corina Machado numa entrevista à BBC.
Machado lamenta ainda ter perdido momentos familiares importantes durante o tempo em que viveu no exilo, mas mantém a vontade de continuar a lutar. "Estarei no lugar onde sou mais útil para a nossa causa", afirmou, deixando em aberto quando e como tentará regressar.
No decorrer da entrega do prémio, num discurso escrito por Machado e lido pela sua filha Ana Corina Sousa, a opositora acusou o regime de Maduro de recorrer a sequestros e torturas "para enterrar a vontade do povo", classificando essas práticas como "crimes contra a humanidade" e "terrorismo de Estado".
Corina Machado ganha o Prémio da Paz pela "sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia" e dedica o prémio ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por apelar à intervenção estrangeira na Venezuela.
Maduro insiste que as operações dos EUA - que Corina Machado apoiou - têm como objetivo derrubar o seu governo e apreender as reservas de petróleo da Venezuela.