Adesão da Ucrânia à NATO será "impossível" antes do fim da guerra, admite Zelensky

por RTP
Sergey Dolzhensko - EPA

O presidente ucraniano reconheceu esta sexta-feira que a adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica não poderá ocorrer enquanto houver guerra no território. "Entendemos que não podemos arrastar um único país da NATO para a guerra", afirmou.

Após várias insistências e pressões ao longo de meses, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky concedeu hoje que uma eventual adesão da Ucrânia à NATO só poderá concretizar com o fim do conflito com a Rússia.

"Juntar-se à NATO é a melhor garantia de segurança para a Ucrânia (...) mas entendemos que não podemos arrastar um único país da NATO para uma guerra"
, declarou o chefe de Estado ucraniano.

Em conferência conjunta com o presidente da Estónia, Alar Karis, Volodymyr Zelensky admitiu que a adesão é “impossível” nos termos atuais.

“Entendemos que não nos tornaremos membros da NATO enquanto esta guerra durar, não porque não o queiramos, mas porque é impossível"
, afirmou. Desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro de 2022, o presidente ucraniano tem pedido a adesão rápida do país não só à Aliança Atlântica, mas também à União Europeia.

Ainda esta quinta-feira, por ocasião de uma cimeira na Moldova com vários dirigentes europeus, Zelensky tentava colocar a Ucrânia no caminho da adesão à aliança militar. Perante as sucessivas insistências, a NATO não se tem comprometido com um calendário de adesão.

Em abril, o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, reiterou que a prioridade para a Ucrânia deve ser vencer a guerra contra a Rússia. Ainda assim, o tema deverá ser debatido na cimeira da NATO que decorre em julho, na Lituânia.

(com agências)
pub