Águia americana sai da lista de espécies em perigo nos EUA

A águia da América, símbolo dos Estados Unidos, cuja população baixou para uma centena de casais nos anos 1960, conseguiu recuperar e saiu da lista de espécies em perigo, anunciou hoje o secretário do Interior, Dirk Kempthorne, numa cerimónia em Washington.

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Em 1963, a águia-de-cabeça-branca, que tem o nome científico de `Haliaeetus Leucocephalus` e é uma espécie única do continente americano, estava em vias de desaparecer em 48 estados dos EUA, embora continuasse a existir no Canadá e no Alasca.

Nessa altura, existiam no país apenas 417 casais destas aves, cuja envergadura de asas pode atingir os 2,5 metros, permitindo-lhes voar a 95 quilómetros por hora e atingir os 160 quilómetros horários quando mergulha sobre as presas detectadas pela sua visão, que capta a oito quilómetros em redor, seis vezes mais do que o olho humano.

Esta espécie de águia, escolhida como emblema nacional em 1782, tornou-se em 1967 uma espécie a proteger, tendo sido a primeira a obter este estatuto.

Quarenta anos depois, existem 10 mil casais em território norte-americano, congratulou-se Dirk Kempthorne numa cerimónia que contou com a presença de membros do Ministério da Defesa, cujas bases do exército serviram de refúgio às plataformas de reprodução do animal.

A proibição do insecticida DDT em 1972, que fragilizava a casca dos ovos destes pássaros pondo em perigo a sua reprodução, contribuiu significativamente para a recuperação da espécie.

"Para a vida selvagem, hoje é um dia digno daquele em que o homem pisou a Lua", declarou Jim Lião, vice-presidente da Federação para a Vida Selvagem Nacional, aproveitando para lembrar que "devido ao impacto do aquecimento global, muitas outras espécies vão necessitar de ajuda".

Os Estados Unidos têm cerca de 1.300 animais na lista de espécies em risco.

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