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Akihito agradece ao Povo nas últimas palavras como Imperador do Japão
O Imperador Akihito abdicou do trono, após três décadas de reinado. As cerimónias decorreram esta terça-feira, pondo fim a uma era histórica. Akihito, de 85 anos, deixa o trono ao seu filho mais velho, príncipe herdeiro Naruhito, de 59 anos, sendo o primeiro imperador a abdicar em 200 anos.
Nas últimas palavras perante os japoneses, Akihito agradeceu ao Povo todo o apoio e expressou esperança num futuro de Paz. Foi o último discurso como chefe de Estado, entre as cerimónias simbólicas de despedida dos símbolos do trono.
“Ao Povo que me aceitou e apoiou como um símbolo, deixem-me expressar aos meus agradecimentos sentidos”, declarou Akihito, numa cerimónia simples, de dez minutos, no Palácio Imperial, na sala "Matsu no Ma"..
“Junto com a imperatriz, espero do fundo do coração que a nova era Reiwa, que começa amanhã, seja seja pacífica e frutífera, e rezo pela paz e felicidade do nosso país e das pessoas do Mundo”, concluiu, ao lado da imperatriz Michiko, com quem casou há 60 anos.
A cerimónia foi acompanhada no Palácio por três centenas de pessoas e transmitida na televisão.O imperador japonês em agosto de 2016, já havia expressado o seu desejo de abandonar as funções por não ter a possibilidade de exercer as tarefas devido a problemas de saúde.
“Junto com a imperatriz, espero do fundo do coração que a nova era Reiwa, que começa amanhã, seja seja pacífica e frutífera, e rezo pela paz e felicidade do nosso país e das pessoas do Mundo”, concluiu, ao lado da imperatriz Michiko, com quem casou há 60 anos.
A cerimónia foi acompanhada no Palácio por três centenas de pessoas e transmitida na televisão.O imperador japonês em agosto de 2016, já havia expressado o seu desejo de abandonar as funções por não ter a possibilidade de exercer as tarefas devido a problemas de saúde.
No dia 1 de maio, às 00h00, o Japão entra no ano 1 da nova era imperial “Reiwa” (“Bela harmonia”), após três décadas sob o império de “Heisei” (“Conclusão da paz”), com a tomada de posse de Naruhito que se torna o imperador número 126 a subir ao trono.
Akihito continua a ser imperador até Naruhito assumir a sua era. Na manhã de quarta-feira, no primeiro ritual como imperador, Naruhito irá receber a espada e a jóia imperiais, como prova da sua ascensão ao trono.
Durante o seu reinado, Akihito pugnou pelo amenizar das feridas deixadas pela II Guerra Mundial e tentou chegar ao cidadão comum, incluindo aqueles marginalizados pela sociedade. Almejou ser visto como um símbolo de reconciliação, paz e democracia. Akihito foi o primeiro monarca a exercer sob um a constituição pós-guerra que define o Imperador como um símbolo do Povo sem poder político.
Naruhito, historiador de formação, promete ajudar o Japão a avançar para a modernização da mais antiga monarquia reinante do mundo, e ignorar a rígida tradição imperial do Japão.
Assim como o pai, Naruhito casou com uma plebeia, a princesa Masako, com quem tem uma filha e a quem tem protegido de críticas e ataques públicos, sobretudo numa fase em que esta atravessa uma doença prolongada do foro psicológico.
O filho mais velho do imperador foi criado pela mãe, Michiko, e não pelo staff do Palácio Imperial, e estudou em Oxford em vez de estudar em estabelecimentos japoneses, como era a tradição.
Contrariamente ao filho, Akihito teve uma educação dirigida por tutores imperiais e passou por experiências traumáticas, como quando teve de fugir da II Guerra Mundial, em criança.
Depois da abdicação, Akihito terá o título de "Imperador Emérito", mas deixará de exercer quaisquer deveres oficiais.
As suas atividades serão estritamente privadas, de forma a diminuir as suas aparições públicas e a não interferir com o reinado do novo imperador.