Ala do PRS de Fernando Dias denuncia plano para adiar eleições
A ala do Partido da Renovação Social (PRS) fiel a Fernando Dias denunciou hoje um alegado plano do regime para justificar o adiamento das eleições presidenciais e legislativas, marcadas para 23 de novembro.
Num comunicado divulgado hoje e que está a ser replicado na comunicação social guineense, esta ala do PRS refere um alegado plano de introdução de armas na residência dos opositores, "com o objetivo de fabricar acusações e adiar as eleições para o mês de maio".
O PRS dividiu-se em duas alas, uma aliada do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e outra que se manteve fiel a Fernandos Dias, que é candidato independente à presidência da República nas eleições agendadas para novembro.
O comunicado reitera como "injusta e infundada" a exclusão pelo Supremo Tribunal de Justiça de candidatos e coligações, nomeadamente do histórico Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), facto que está a marcar o processo eleitoral em Bissau.
O Supremo Tribunal é acusado de discriminação e de pactuar com o regime, o qual os renovadores de Fernandos Dias dizem ter iniciado "uma ação de introdução de armas nas casas de Fernando Dias, Domingos Simões Pereira, Mário Fambé, Geraldo Martins e Victor Mandinga (Nado), bem como nas sedes do PRS e do PAIGC, com o objetivo de fabricar acusações e adiar as eleições para o mês de maio".
No comunicado, consideram que se trata de "uma tática maquiavélica, perigosa e cuja inexequibilidade só eles não conseguem perceber".
O único propósito, acrescentam, é o de adiar as eleições, que têm 12 candidatos às presidenciais e cinco partidos e uma coligação às legislativas.
O Supremo não aceitou a inscrição da candidatura de Domingos Simões Pereira à presidência da República, nem da coligação PAI-Terra Ranka, liderada pelo PAIGC às eleições legislativas.
Simões Pereira é considerado o principal adversário do atual Presidente, Umaro Sissoco Embaló, que concorre a um segundo mandato e entre os adversários tem o antecessor e antigo chefe de Estado José Mário Vaz (Jomav).