O ministro dos Negócios Estrangeiros revelou que há cidadãos portugueses alistados nas fileiras jihadistas do grupo Estado Islâmico que estão arrependidos e querem regressar ao país. De acordo com Rui Machete, entrevistado pela Rádio Renascença, entre eles haverá duas ou três raparigas.
O MNE acrescenta que nada é oficial e que foram os pais que pediram ajuda para o regresso.
"Não pediram ajuda ao ministério, não se passa nada em termos burocráticos de requerimento de apoio. Há dois ou três casos de pessoas que os pais dizem que querem voltar
Mesmo arrependidos, aqueles que regressarem serão suspeitos de atos de terrorismo e isso vai implicar fiscalização e vigilância.
Portugal terá de avaliar até que ponto estes rapazes e raparigas foram ou não cúmplices ou testemunhas de alguns dos crimes que são apregoados publicamente pelos próprios jihadistas.
"Há problemas de polícia" reconheceu o ministro, acrescentando que não "tem conhecimento" de casos portugueses.
Contudo, admite Machete, "teoricamente sabe-se que houve casos de pessoas que cometeram crimes e que, portanto, esses crimes têm de ser analisados e avaliados se são passíveis de perseguição em processo penal nos próprios países"
Até agora o Estado português identificou cerca de 12 a 15 cidadãos nacionais que aderiram ao Estado Islâmico.