Allawi tomou a decisão de não libertar Rihab Taha

A decisão de não libertar a prisioneira iraquiana Rihab Taha detida pela coligação em Bagdad foi tomada sob instruções do primeiro-ministro iraquiano, Iyad Allawi, afirmou hoje o secretário de Estado iraquiano encarregue da segurança, Rassem Daud.

Agência LUSA /
EPA

Numa entrevista à rádio BBC, Daud afirmou que "o primeiro- ministro (Allawi) decidiu não libertar Rihab Taha".

O ministro iraquiano negou que esta decisão tenha sido tomada face a pressões norte-americanas.

Numa entrevista à rádio 4 da BBC, Paul Bigley, irmão do refém britânico Kenneth Bigley, acusou hoje o governo norte-americano de "sabotar" as tentativas de salvar a vida do irmão ao intervir no caso da libertação de Rihab Taha, conhecida por "Doutora Gérmen".

Paul Bigley disse que a execução do irmão podia ter sido travada pelo anúncio das autoridades iraquianas, na quinta-feira, de que libertariam Rihab Taha, uma das mulheres detidas por suspeita de envolvimento nos programas de armamento de Saddam Hussein.

Pouco após fontes oficiais iraquianas terem avançado com a hipótese de libertação, as autoridades norte-americanas garantiram que Taha, detida sob custódia dos Estados Unidos, não seria libertada.

O irmão de Kenneth Bigley insistiu que o Reino Unidos e os Estados Unidos deveriam manter-se fora do que considerou serem assuntos internos do Iraque.

Kenneth Bigley, de 62 anos, foi raptado na última quinta-feira e é refém do grupo "Monoteísmo e Guerra Santa", liderado pelo jordano Abu Mussab Zarqaui, presumível chefe da rede Al-Qaida no Iraque.

Além do cidadão britânico foram raptados dois norte-americanos, já executados.

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