Anastácio Sicato tomou posse, em Luanda, do cargo de ministro da Saúde em substituição de Sebastião Veloso, exonerado pelo presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, a 19 de Janeiro.
O novo ministro, um dos três que a UNITA, principal força da oposição angolana, tem no Governo de Unidade e Reconciliação Nacional, (GURN) garantiu que a sua prioridade será entender os principais problemas do sector em Angola e trabalhar com espírito de concertação.
"A minha primeira prioridade será entender os problemas da casa, certamente, em conjugação com aqueles que estão presentes e têm os dossiers e trabalhar num espírito de concertação", salientou Sicato em declarações aos jornalistas depois da cerimónia de posse no Palácio Presidencial, presidida pelo Chefe de Estado.
O novo titular da pasta da Saúde, que regressa ao GURN depois de ter exercido o cargo de ministro da Saúde entre Abril de 1997 e Dezembro de 98, afirmou que chega a Luanda "imbuído do espírito de servir".
"Encontrei uma grande receptividade da parte dos membros do Ministério da Saúde e uma ampla aceitação por parte dos membros do Governo (a quem) apresentei a minha disponibilidade para aquilo que for necessário fazer em prol da saúde", frisou.
"Neste momento, sou membro do Governo, o que quero é servir e vai ser só isso que procurarei fazer", acrescentou o novo ministro da Saúde hoje empossado pelo Presidente José Eduardo dos Santos.
Questionado sobre os aspectos mais críticos do sector, nomeadamente o estado actual do Hospital Pediátrico de Luanda, onde a mortalidade infantil é tida pelas autoridades sanitárias como elevada, o ministro referiu que irá contactar o director da unidade de saúde para saber quais "as medidas a executar".
"Podem estar seguros de que na altura certa vamos tomar essas medidas", frisou Anastácio Sicato.
O novo responsável pela pasta da Saúde em Angola vai ter de lidar com muitos problemas, nomeadamente a epidemia de cólera que se agravou, sobretudo na província de Luanda, com as chuvas intensas do mês passado.
Anastácio Artur Ruben Sicato, 50 anos, hematologista clínico, vivia em Lisboa, onde exercia medicina, e era representante da UNITA em Portugal.
