Angolana Vera Daves ganha prémio africano para Ministra das Finanças do Ano

por Lusa
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A ministra das Finanças de Angola, Vera Daves de Sousa, foi distinguida com o prémio de Ministra das Finanças do ano nos Prémios African Banker, que reconheceram ainda dois projetos lusófonos, disse hoje a organização.

Vera Daves foi reconhecida como Ministra das Finanças do Ano pelo seu trabalho em restaurar a estabilidade e a confiança dos mercados em Angola, segundo informação enviada pela organização à Lusa.

Os Prémios African Banker, atribuídos pela revista com o mesmo nome, distinguiram também a Central Térmica de Temane, província de Inhambane, sul de Moçambique, como Negócio Energético do ano, e o Projeto de Abastecimento de Água do Bita, no distrito de Vila Flor, em Luanda, como Negócio de Infraestruturas do ano, numa cerimónia à margem dos encontros anuais do Banco Africano de Desenvolvimento, a decorrer esta semana em Acra, no Gana.

A Central Térmica de Temane, cuja primeira pedra foi lançada pelo Presidente moçambicano em março, será a principal central de produção de eletricidade construída em Moçambique desde a independência.

Prevê-se que comece a produzir energia daqui a dois anos, com uma capacidade de 450 megawatt (MW), cerca de um quinto da hidroelétrica de Cahora Bassa, maior central do país - só por si, a central vai aumentar em cerca de 16% a capacidade instalada de produção de energia de Moçambique.

O Projeto de Abastecimento de Água do Bita consiste na construção de um sistema de captação de água na parte Sul de Luanda, na zona do Bita Tanque, que vai permitir adicionar cerca de 250 mil metros cúbicos de água à capital angolana.

O projeto está avaliado em mais de um milhão de dólares, prevendo beneficiar mais de um milhão de pessoas, com a captação de água do rio Kwanza e a construção de uma conduta de 1.600 milímetros com seis quilómetros de extensão.

A sub-secretária-geral da ONU e secretária executiva da Comissão Económica para África, Vera Songwe, foi distinguida com o prémio Africa Banker Ícone "pelo seu trabalho incansável para fornecer aos governos as munições fiscais para lidarem com o impacto da covid-19".

"Foi realmente um momento para demonstrar que África é resiliente", disse Songwe, que não esteve presente no evento, numa mensagem gravada antes da cerimónia.

Songwe explicou que tinha conhecimento "do menu de soluções porque em 2008 estava do outro lado [da mesa] quando os Direitos Especiais de Saque foram entregues às economias europeias" para lidarem com a crise financeira.

O presidente do Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank), Benedict Oramah, ganhou o prémio de Banqueiro do Ano por ter feito da instituição um dos bancos líderes na resposta à pandemia ao fornecer ajuda na liquidez e soluções quando foi preciso comprar vacinas contra a covid-19, assim como por ajudar a criar condições para que as empresas possam aproveitar a Zona de Comércio Livre Continental Africana quando as negociações terminarem.

O vice-governador do Banco do Uganda, Michael Atingi-Ego, ganhou o prémio de Governador do Banco Central do Ano e o prémio de Banco Africano do ano foi, pelo segundo ano consecutivo, para o Standard Bank Group, o maior banco do continente em ativos.

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