Mundo
António Costa quer maior cooperação entre UE e Liga Árabe
António Costa instou a União Europeia e a Liga Árabe a reforçarem a cooperação para enfrentarem desafios como o terrorismo e os conflitos regionais, enaltecendo os sinais de esperança vindos do mundo árabe. O primeiro-ministro participou esta segunda-feira na primeira cimeira União Europeia - Liga Árabe, realizada na cidade de Sharm el-Sheikh, Egito, dedicada ao “reforço da parceria euro-árabe e análise comum dos desafios globais”.
O primeiro-ministro defendeu que "a experiência dos últimos anos comprovou que a Europa e o mundo árabe devem reforçar a sua cooperação para fazer face a desafios que, mesmo quando são de índole local, se repercutem poderosamente além-fronteiras".
Entre os principais desafios partilhados pelos dois blocos, António Costa apontou o terrorismo, a criminalidade organizada transnacional, o colapso de estruturas estatais, os conflitos existentes tanto no interior como entre Estados, o impacto das alterações climáticas ou a ausência de oportunidades económicas e sociais para as populações.
António Costa notou, todavia, as "novas perspetivas" que parecem estar a abrir-se no mundo árabe, com a derrota do Daesh no Iraque, que "melhorou a situação de segurança no país e abriu caminho para a consolidação das estruturas do Estado".
“Eu espero que se possa fazer do Mediterrâneo um berço das relações futuras entre a Europa e a África, que é da maior importância para a estabilidade de todos, para a paz nas duas regiões e para o desenvolvimento e prosperidade”, frisou, salientando ainda que muitos países estão a fazer esforços no sentido da aplicação dos direitos humanos.
“Eu acho que quanto maior for o progresso, a estabilidade, a segurança e a prosperidade, quanto maior for o grau de desenvolvimento social e cultural das sociedades europeias e árabes, seguramente vamos partilhar cada vez mais valores comuns e garantir o respeito pela dignidade da pessoa humana em todo este espaço”, declarou.
O chefe do Governo insistiu que os dois blocos devem concentrar-se nos desafios do futuro, sendo eles "o desenvolvimento económico e social, a criação de oportunidades de emprego para nossos jovens, o combate às alterações climáticas e o progresso tecnológico".
Mais estudantes árabes em Portugal
Durante o discurso que proferiu na cimeira, António Costa avançou que o Governo português pretende alargar a iniciativa Plataforma Global para Estudantes Sírios a estudantes de outros países, como o Iraque, o Iémen e a Líbia, assim como alargar a cooperação com instituições de ensino da Liga Árabe.
“Esta iniciativa, que permitiu já acolher em Portugal centenas de estudantes sírios, visa dar-lhes uma oportunidade de completarem os seus estudos universitários, habilitando-as a contribuírem para o futuro do seu país”, afirmou.
Lembrando que Portugal é o sexto país da UE que mais refugiados acolheu ao abrigo do Programa de Recolocação, o primeiro-ministro enalteceu ainda a solidariedade portuguesa com "todos os países de acolhimento na partilha dessa responsabilidade" e o trabalho que o seu Governo tem realizado "com outros países europeus e árabes para fazer face à situação dramática vivida pelos refugiados e aliviar os países da linha de frente em ambas as margens do Mediterrâneo".
Brexit
Quanto ao tema do Brexit, outro dos que marcou a cimeira de hoje, António Costa disse encarar de forma positiva o eventual adiamento da saída do Reino Unido da União Europeia.
“Não vamos desistir de criar condições para que ou não haja Brexit ou, a haver o Brexit, ele se desenvolva de uma forma articulada, planeada e não de uma forma caótica, como o que estava à beira de acontecer”, garantiu.
“A minha preferência era simples, era que não houvesse Brexit”, declarou, sublinhando, porém, que deve ser “respeitada a soberania do povo britânico”.
c/Lusa
Entre os principais desafios partilhados pelos dois blocos, António Costa apontou o terrorismo, a criminalidade organizada transnacional, o colapso de estruturas estatais, os conflitos existentes tanto no interior como entre Estados, o impacto das alterações climáticas ou a ausência de oportunidades económicas e sociais para as populações.
António Costa notou, todavia, as "novas perspetivas" que parecem estar a abrir-se no mundo árabe, com a derrota do Daesh no Iraque, que "melhorou a situação de segurança no país e abriu caminho para a consolidação das estruturas do Estado".
“Eu espero que se possa fazer do Mediterrâneo um berço das relações futuras entre a Europa e a África, que é da maior importância para a estabilidade de todos, para a paz nas duas regiões e para o desenvolvimento e prosperidade”, frisou, salientando ainda que muitos países estão a fazer esforços no sentido da aplicação dos direitos humanos.
“Eu acho que quanto maior for o progresso, a estabilidade, a segurança e a prosperidade, quanto maior for o grau de desenvolvimento social e cultural das sociedades europeias e árabes, seguramente vamos partilhar cada vez mais valores comuns e garantir o respeito pela dignidade da pessoa humana em todo este espaço”, declarou.
O chefe do Governo insistiu que os dois blocos devem concentrar-se nos desafios do futuro, sendo eles "o desenvolvimento económico e social, a criação de oportunidades de emprego para nossos jovens, o combate às alterações climáticas e o progresso tecnológico".
Mais estudantes árabes em Portugal
Durante o discurso que proferiu na cimeira, António Costa avançou que o Governo português pretende alargar a iniciativa Plataforma Global para Estudantes Sírios a estudantes de outros países, como o Iraque, o Iémen e a Líbia, assim como alargar a cooperação com instituições de ensino da Liga Árabe.
“Esta iniciativa, que permitiu já acolher em Portugal centenas de estudantes sírios, visa dar-lhes uma oportunidade de completarem os seus estudos universitários, habilitando-as a contribuírem para o futuro do seu país”, afirmou.
Lembrando que Portugal é o sexto país da UE que mais refugiados acolheu ao abrigo do Programa de Recolocação, o primeiro-ministro enalteceu ainda a solidariedade portuguesa com "todos os países de acolhimento na partilha dessa responsabilidade" e o trabalho que o seu Governo tem realizado "com outros países europeus e árabes para fazer face à situação dramática vivida pelos refugiados e aliviar os países da linha de frente em ambas as margens do Mediterrâneo".
Brexit
Quanto ao tema do Brexit, outro dos que marcou a cimeira de hoje, António Costa disse encarar de forma positiva o eventual adiamento da saída do Reino Unido da União Europeia.
“Não vamos desistir de criar condições para que ou não haja Brexit ou, a haver o Brexit, ele se desenvolva de uma forma articulada, planeada e não de uma forma caótica, como o que estava à beira de acontecer”, garantiu.
“A minha preferência era simples, era que não houvesse Brexit”, declarou, sublinhando, porém, que deve ser “respeitada a soberania do povo britânico”.
c/Lusa