Anúncio da Nike proibido na China continua a ser exibido em Hong Kong

O controverso anúncio da Nike que foi banido das televisões chinesas vai continuar a ser exibido nas estações de televisão de Hong Kong, onde a autoridade que regula as emissões não recebeu qualquer queixa contra a publicidade.

Agência LUSA /

O anúncio da Nike banido na China coloca no centro da acção o jogador estrela de basquetebol da NBA LeBron James a lutar - e vencer - um mestre de artes marciais (Kung-fu), duas mulheres chinesas com roupas tradicionais e um par de dragões.

Este novo anúncio da Nike, intitulado "câmara do medo", passou nos ecrãs chineses durante um mês, até a Administração Estatal para a Televisão anunciar, na passada semana, a sua proibição.

Um porta-voz da autoridade que, em Hong Kong, regula as emissões de televisão disse que na antiga colónia britânica não foi ainda recebida qualquer queixa sobre o anúncio.

Quando da justificação para a interdição do anúncio, as autoridades chinesas sustentaram que a Nike ofende "a dignidade, interesse e respeito da cultura" da China e o conteúdo do anúncio "insulta as práticas e cultura nacionais".

A Nike pediu, entretanto, desculpa pelo sucedido, alegando que nunca pretendera "desrespeitar a cultura chinesa" e justificou que o objectivo do controverso anúncio era inspirar as gerações mais novas a vencer obstáculos.

Além de ter proibido o anúncio da Nike, a China anunciou também que vai endurecer os limites impostos aos anúncios publicitários na televisão para evitar que conteúdos "impróprios" entrem na casa dos telespectadores no país mais populoso do Mundo.

Independentemente de Hong Kong ser parte integrante da China, a vida local é regulada dentro do princípio "um país, dois sistemas" que concede um elevado grau de autonomia à antiga colónia britânica, à semelhança do que acontece com Macau.

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