As sete "Terras" de Trappist - 1

por João Fernando Ramos, Rui Sá

Os astrónomos descobriram um sistema com sete planetas do tamanho da Terra a cerca de apenas 40 anos-luz de distância.
Segundo as primeiras avaliações três deles têm o potencial de albergar vida como a conhecemos no nosso próprio planeta.
No Jornal 2 o comentador de temas de ciência e astronomia, Miguel Gonçalves recomenda cautela.
"Estamos apenas a dar os primeiros passos na bioastrónomia deste tipo de planetas a gravitar em torno de anãs brancas. São estrelas mais frias do que o sol, mas com uma grane atividade que alguns estudos dizem podem corromper a atmosfera daqueles mundos".

A última vez que a NASA convocou uma conferência de imprensa inesperada foi para anunciar, em setembro de 2015, a descoberta de água em Marte.

Agora os cientistas da agência espacial norte americana estão convencidos de que pelo menos três dos recém descobertos planetas situam-se na zona habitável do sistema solar Trappist -1, uma estrela anã superfria.

Depois de analisarem as órbitas dos sete planetas os investigadores avançam com a possibilidade de que no quarto, quinto e sexto planetas a contar da estrela progenitora, poderão existir oceanos de água à superfície, aumentando a possibilidade deste sistema planetário poder conter vida.

No Jornal 2 Miguel Gonçalves que lembra que não podemos esperar encontrar vida sob a mesma forma que conhecemos na Terra num sistema tão diferente do nosso, considera a descoberta "excitante".

O sistema tem ao mesmo tempo o maior número de planetas do tamanho da Terra descoberto até agora e o maior número de mundos que poderão ter água líquida à sua superfície.
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