ASEAN debate os problemas de crescimento no sudeste asiático

Jacarta acolhe entre esta terça e quinta-feira a cimeira da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), num momento particularmente difícil para a organização, marcado por conflitos em Myanmar (antiga Birmânia) e por fortes tensões territoriais com a China.

Lusa /
Políticos debatem a atualidade no sudeste asiático Xinhua via Epa

À exceção do chefe da junta militar no poder em Myanmar (sem direito a convite), Min Aung Hlaing, e do recém-nomeado primeiro-ministro tailandês, Srettha Thavisin, todos os outros países da ASEAN estarão representados ao mais alto nível na capital da Indonésia.

São igualmente esperados dirigentes de fora da região, entre os quais o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, e o homólogo australiano, Anthony Albanese.

Ainda na lista de presenças estão também os nomes da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, do primeiro-ministro chinês, Li Qiang, do secretário-geral da ONU, António Guterres, e do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov.

Embora o presidente indonésio, Joko Widodo, tenha mostrado as suas capacidades de mediação no ano passado, enquanto anfitrião da cimeira do G20 (grupo das maiores economias do mundo) em Bali que se saldou num inesperado consenso, o princípio da não-ingerência da ASEAN dificulta a obtenção de acordos substanciais.

Com o tema “ASEAN: Epicentro do Crescimento”, a Indonésia procurou desviar a atenção dos conflitos para a prosperidade económica da região – uma das de maior crescimento do mundo – nesta cimeira, durante a qual se realizará também uma dezena de reuniões bilaterais.

Fundada em 1967, a ASEAN é composta por 10 países: Indonésia, Singapura, Malásia, Tailândia, Filipinas, Vietname, Laos, Camboja, Brunei e Myanmar.
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