Assassínio de ex-PM é "rude golpe" para a comunidade paquistanesa em Portugal - Muhamed Yasin
Lisboa, 27 Dez (Lusa) - O presidente da Associação Luso-Paquistanesa, Muhamed Yasin, considerou hoje que o assassínio de Benazir Bhutto é "um entrave para o processo de paz" no Paquistão e um "rude golpe para os cidadãos paquistaneses em Portugal".
"Recebemos a notícia através da televisão. A morte de Benazir Bhutto é um rude golpe para os cidadãos paquistaneses em Portugal e em todo o mundo. É um notícia triste e um golpe para o processo democrático e para a estabilidade no país", disse à agência Lusa Muhamed Yasin.
Yasin condenou o atentado que vitimou a líder de um dos principais partidos da oposição paquistanesa, o Partido do Povo Paquistanês (PPP), lembrando que Benazir Bhutto, de 54 anos, "foi sempre alguém que lutou pela paz no país" e que teve um contributo importante para a marcação das eleições legislativas de 08 de Janeiro.
O presidente da Associação Luso-Paquistanesa lembrou ainda que sempre se soube que Benazir Bhutto "corria risco de vida" [Bhutto escapou a um atentado em meados de Outubro] mas que "ninguém estava a espera que isto acontecesse realmente".
"É uma tristeza que isto tenha acontecido agora. Esperamos que as eleições [no Paquistão] avancem e que não se registem mais incidentes", frisou.
"Esperamos também que não haja incidentes nas manifestações dos apoiantes de Bhutto e que o Estado saiba como reagir", acrescentou.
A ex-primeira-ministra paquistanesa Benazir Bhutto foi hoje morta ao princípio da tarde (hora de Lisboa, menos cinco que no Paquistão) num atentado suicida que fez pelo menos 20 outros mortos, no final de um comício eleitoral nos subúrbios de Islamabad, a duas semanas das eleições legislativas no país.
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