Assessores do Kremlin e da Casa Branca alertam para risco crescente de guerra nuclear
Assessores do Kremlin e fontes próximas do presidente norte-americano alertaram Donald Trump para o risco de um confronto nuclear, numa tentativa de tentar pressioná-lo a reduzir ainda mais o apoio dos EUA à Ucrânia. Os alertas surgem numa altura em que o presidente russo prometeu retaliar contra a Ucrânia após os recentes ataques com drones que danificaram bombardeiros com capacidade nuclear.
Kirill Dmitriev, chefe do fundo soberano da Rússia e importante intermediário entre o Kremlin e o enviado de Trump, Steve Witkoff, acusou a Ucrânia de atacar "ativos nucleares russos" e repetiu comentários de figuras próximas de Trump sobre o perigo de uma terceira guerra mundial.
“Uma comunicação clara é urgente – para compreender a realidade e os riscos crescentes antes que seja tarde demais”, escreveu Dmitriev na rede social X.
O comentário foi feito após uma conversa entre Donald Trump e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, na quarta-feira. Durante o telefonema, Putin disse a Trump que a Rússia irá responder aos recentes ataques com drones levados a cabo pela Ucrânia. Durante o fim de semana, a Ucrânia desencadeou um ataque "em larga escala" com drones sobre bases áreas de cinco regiões russas e reclama ter destruído um terço dos aviões militares da Rússia.
A Ucrânia alegou que o ataque danificou mais de 40 aviões russos, incluindo os bombardeiros Tu-95 e Tu-22M, que foram usados para lançar mísseis de cruzeiro em cidades ucranianas durante a guerra, matando milhares de pessoas e danificando infraestrutura cruciais.
Estes aviões da era soviética podem transportar também armas com ogivas nucleares e são parte de uma tríade nuclear e base de um sistema de dissuasão entre a Rússia e os Estados Unidos.
“Mais perto de uma guerra nuclear do que nunca”
Os norte-americanos mais céticos estão a aproveitar os riscos de um confronto nuclear para pressionar Trump a reduzir ainda mais o apoio a Kiev.
Figuras defensoras do movimento MAGA (Make America Great Again), como o ex-assessor Steve Bannon e o ativista conservador Charlie Kirk, condenaram abertamente o ataque com drones ucranianos, com Bannon a comparar a ofensiva ao ataque do Japão a Pearl Harbor.
"A maioria das pessoas não está prestando atenção, mas estamos mais perto de uma guerra nuclear do que nunca desde que isto começou em 2022", escreveu Kirk nas redes sociais.
“Os níveis de risco estão a aumentar bastante”, disse Keith Kellogg, enviado especial de Trump para a Ucrânia e a Rússia, à Fox News. “Quando se ataca parte da tríade [nuclear] de um oponente, o seu nível de risco aumenta porque não sabemos o que o outro lado vai fazer. E foi isso que eles fizeram”, alertou, avisando que a Ucrânia deve estar preparada para uma resposta militar forte da Rússia nos próximos tempos.
“Isso tem o potencial de uma escalada e aumenta o risco de confronto direto entre a Rússia e a NATO”, disse Dan Caldwell, um influente conselheiro de política externa e ex-assessor do secretário de Defesa.
“Os EUA não devem apenas distanciar-se deste ataque, mas também encerrar qualquer apoio que possa, direta ou indiretamente, permitir ataques contra as forças nucleares estratégicas russas”, sublinhou.
Rússia promete retaliar “quando e como” considerar adequado
Esta quinta-feira, o Kremlin disse que vai responder aos mais recentes ataques da Ucrânia “quando e como” as suas Forças Armadas “considerarem adequado”. O ministro adjunto dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Ryabkov, disse que, contrariamente ao que foi dito por Kiev, os aviões de guerra russos ficaram danificados, mas não destruídos, e garantiu que serão restaurados.
Os Estados Unidos estimam que até 20 aviões de guerra tenham sido atingidos e cerca de dez tenham sido destruídos, um número que é cerca de metade do estimado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
c/ agências
“Uma comunicação clara é urgente – para compreender a realidade e os riscos crescentes antes que seja tarde demais”, escreveu Dmitriev na rede social X.
O comentário foi feito após uma conversa entre Donald Trump e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, na quarta-feira. Durante o telefonema, Putin disse a Trump que a Rússia irá responder aos recentes ataques com drones levados a cabo pela Ucrânia. Durante o fim de semana, a Ucrânia desencadeou um ataque "em larga escala" com drones sobre bases áreas de cinco regiões russas e reclama ter destruído um terço dos aviões militares da Rússia.
A Ucrânia alegou que o ataque danificou mais de 40 aviões russos, incluindo os bombardeiros Tu-95 e Tu-22M, que foram usados para lançar mísseis de cruzeiro em cidades ucranianas durante a guerra, matando milhares de pessoas e danificando infraestrutura cruciais.
Estes aviões da era soviética podem transportar também armas com ogivas nucleares e são parte de uma tríade nuclear e base de um sistema de dissuasão entre a Rússia e os Estados Unidos.
“Mais perto de uma guerra nuclear do que nunca”
Os norte-americanos mais céticos estão a aproveitar os riscos de um confronto nuclear para pressionar Trump a reduzir ainda mais o apoio a Kiev.
Figuras defensoras do movimento MAGA (Make America Great Again), como o ex-assessor Steve Bannon e o ativista conservador Charlie Kirk, condenaram abertamente o ataque com drones ucranianos, com Bannon a comparar a ofensiva ao ataque do Japão a Pearl Harbor.
"A maioria das pessoas não está prestando atenção, mas estamos mais perto de uma guerra nuclear do que nunca desde que isto começou em 2022", escreveu Kirk nas redes sociais.
“Os níveis de risco estão a aumentar bastante”, disse Keith Kellogg, enviado especial de Trump para a Ucrânia e a Rússia, à Fox News. “Quando se ataca parte da tríade [nuclear] de um oponente, o seu nível de risco aumenta porque não sabemos o que o outro lado vai fazer. E foi isso que eles fizeram”, alertou, avisando que a Ucrânia deve estar preparada para uma resposta militar forte da Rússia nos próximos tempos.
“Isso tem o potencial de uma escalada e aumenta o risco de confronto direto entre a Rússia e a NATO”, disse Dan Caldwell, um influente conselheiro de política externa e ex-assessor do secretário de Defesa.
“Os EUA não devem apenas distanciar-se deste ataque, mas também encerrar qualquer apoio que possa, direta ou indiretamente, permitir ataques contra as forças nucleares estratégicas russas”, sublinhou.
Rússia promete retaliar “quando e como” considerar adequado
Esta quinta-feira, o Kremlin disse que vai responder aos mais recentes ataques da Ucrânia “quando e como” as suas Forças Armadas “considerarem adequado”. O ministro adjunto dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Ryabkov, disse que, contrariamente ao que foi dito por Kiev, os aviões de guerra russos ficaram danificados, mas não destruídos, e garantiu que serão restaurados.
Os Estados Unidos estimam que até 20 aviões de guerra tenham sido atingidos e cerca de dez tenham sido destruídos, um número que é cerca de metade do estimado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
c/ agências