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Asteróide gigante passará a rasar a Terra em 26 de janeiro
Um asteróide, com cerca de 500 metros de comprimento, designado por 2004 BL86, vai fazer, no próximo dia 26 de janeiro, uma tangente ao planeta Terra.
Visto por muitos como um sinal de perigo e por outros como um momento mágico e de oportunidade.
A passagem de um objecto espacial rochoso de grandes dimensões muito perto da Terra é perigoso, mas também raro. Por essa razão o visitante espacial 2004 BL86 é recebido com cautela mas também com satisfação.
No momento da sua maior aproximação, a 26 de Janeiro, o asteróide vai estar a deslocar-se a uma velocidade de 8.700 Km/s e estará a 0.08 UA da Terra (1,2 milhões de quilómetros).
A distância será, ainda assim, superior à do asteróide 1999 AN10, que detém o recorde de distância mínima conhecida entre um objecto rochoso espacial de grandes dimensões e a Terra.
O record estabelecido em 1999 (0,0065 UA – cerca de 935.000 km) vai ser quebrado, quando o 1999 AN10 voltar em 2027, para passar ainda mais perto.
Programa de rastreio de asteróides LINEAR
O asteróide 2004 BL86 foi descoberto a 30 de janeiro de 2004 pelo programa científico LINEAR (Lincoln Near-Earth Asteroid Research) em White Sands, Novo México.
Uma unidade astronómica (1 UA) é a distância média entre o planeta Terra e o Sol, cerca de 150 milhões de quilómetros.
1 UA = 1,496 x 1011 mEste programa é responsável pela descoberta da maioria dos asteróides conhecidos desde 1998 até 2005.
Até meados de 2011, o LINEAR já descobriu 231.082 novos objectos espaciais, entre os quais 2.423 são asteróides que passam perto da Terra.
Este tipo de objectos espaciais é considerado pela comunidade científica ligada a astronomia e astrofísica como potencialmente perigoso, principalmente aqueles que têm entre 100 a 150 metros de diâmetro e “cruzam” a órbita terrestre a uma distância até 0,05 AU (aproximadamente 19,5 vezes a distância entre a Terra e a Lua).
Num objecto que tenha um tamanho superior, como é o caso do 2004 BL86, o grau de gravidade aumenta exponencialmente, visto poder causar uma destruição sem precedentes no nosso planeta, provocando a extinção da vida tal como a conhecemos.
A passagem de um objecto espacial rochoso de grandes dimensões muito perto da Terra é perigoso, mas também raro. Por essa razão o visitante espacial 2004 BL86 é recebido com cautela mas também com satisfação.
No momento da sua maior aproximação, a 26 de Janeiro, o asteróide vai estar a deslocar-se a uma velocidade de 8.700 Km/s e estará a 0.08 UA da Terra (1,2 milhões de quilómetros).
A distância será, ainda assim, superior à do asteróide 1999 AN10, que detém o recorde de distância mínima conhecida entre um objecto rochoso espacial de grandes dimensões e a Terra.
O record estabelecido em 1999 (0,0065 UA – cerca de 935.000 km) vai ser quebrado, quando o 1999 AN10 voltar em 2027, para passar ainda mais perto.
Programa de rastreio de asteróides LINEAR
O asteróide 2004 BL86 foi descoberto a 30 de janeiro de 2004 pelo programa científico LINEAR (Lincoln Near-Earth Asteroid Research) em White Sands, Novo México.
Uma unidade astronómica (1 UA) é a distância média entre o planeta Terra e o Sol, cerca de 150 milhões de quilómetros.
1 UA = 1,496 x 1011 mEste programa é responsável pela descoberta da maioria dos asteróides conhecidos desde 1998 até 2005.
Até meados de 2011, o LINEAR já descobriu 231.082 novos objectos espaciais, entre os quais 2.423 são asteróides que passam perto da Terra.
Este tipo de objectos espaciais é considerado pela comunidade científica ligada a astronomia e astrofísica como potencialmente perigoso, principalmente aqueles que têm entre 100 a 150 metros de diâmetro e “cruzam” a órbita terrestre a uma distância até 0,05 AU (aproximadamente 19,5 vezes a distância entre a Terra e a Lua).
Num objecto que tenha um tamanho superior, como é o caso do 2004 BL86, o grau de gravidade aumenta exponencialmente, visto poder causar uma destruição sem precedentes no nosso planeta, provocando a extinção da vida tal como a conhecemos.
Uma oportunidade científica
Para a comunidade cientifica a passagem do 2004 BL86, constitui uma oportunidade única de observação de um corpo rochoso espacial, como revela Don Yeomans, antigo presidente do Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA.
"É uma abordagem relativamente curta, feita por um asteróide de dimensões consideráveis. Por isso ele nos fornece uma oportunidade única para observar e aprender mais."
O plano da comunidade científica da NASA passa agora por aprender mais sobre 2004 BL86 e por observá-lo através da Antena Deep Space Network da NASA em Goldstone, Califórnia mas não só.
Um dos encontros imediatos entre um meteorito e a Terra foi o famoso caso de Tunguska, na Sibéria a 30 de junho de 1908, provocando uma explosão equivalente a 1.000 vezes a bomba lançada em Hiroshima.
Mais recentemente, em fevereiro de 2013, um outro objecto espacial, também na região russa de Tcheliabinsk, nos Montes Urais, provocou enormes estragos devido a violenta reentrada e desfragmentação na atmosfera terrestre.
Também o Observatório de Arecibo, em Porto Rico, tentará adquirir dados científicos e imagens geradas por radar do asteróide durante os dias em que o 2004 BL86 se cruza com a órbita terrestre.
"Neste momento, não sabemos quase nada sobre o asteróide, mas estamos a espera de surpresas", afirma o astrónomo e investigador principal Lance Benner do JPL.
"Quando estudarmos os dados fornecidos pelos radares no dia após o sobrevoo do asteróide, teremos as primeiras imagens detalhadas, e ai saberemos como é o 2004 BL86”.
Devido às grandes dimensões que o asteróide 2004 BL86 apresenta, espera-se ser possível observar o objecto com bons binóculos ou pequenos telescópios.
Os asteróides são vistos no futuro da humanidade como uma fonte valiosa de minérios e outros recursos naturais vitais. Eles poderão também fazer parte de uma espécie de “porta-aviões espacial”, em viagens planetárias como fontes de reabastecimento.
Asteróides, meteoritos e meteoros
Asteróides são corpos celestes viajam pelo espaço desde sua formação, há cerca de 4,6 biliões de anos.
Meteoritos são pedaços de asteróides que eventualmente atingem a superfície da Terra.
Meteoros são os rastos luminosos produzidos por pedaços de asteróides em contacto com a atmosfera da Terra, resultado do atrito com o ar, e são popularmente conhecidos como estrelas cadentes.
Para a comunidade cientifica a passagem do 2004 BL86, constitui uma oportunidade única de observação de um corpo rochoso espacial, como revela Don Yeomans, antigo presidente do Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA.
"É uma abordagem relativamente curta, feita por um asteróide de dimensões consideráveis. Por isso ele nos fornece uma oportunidade única para observar e aprender mais."
O plano da comunidade científica da NASA passa agora por aprender mais sobre 2004 BL86 e por observá-lo através da Antena Deep Space Network da NASA em Goldstone, Califórnia mas não só.
Um dos encontros imediatos entre um meteorito e a Terra foi o famoso caso de Tunguska, na Sibéria a 30 de junho de 1908, provocando uma explosão equivalente a 1.000 vezes a bomba lançada em Hiroshima.
Mais recentemente, em fevereiro de 2013, um outro objecto espacial, também na região russa de Tcheliabinsk, nos Montes Urais, provocou enormes estragos devido a violenta reentrada e desfragmentação na atmosfera terrestre.
Também o Observatório de Arecibo, em Porto Rico, tentará adquirir dados científicos e imagens geradas por radar do asteróide durante os dias em que o 2004 BL86 se cruza com a órbita terrestre.
"Neste momento, não sabemos quase nada sobre o asteróide, mas estamos a espera de surpresas", afirma o astrónomo e investigador principal Lance Benner do JPL.
"Quando estudarmos os dados fornecidos pelos radares no dia após o sobrevoo do asteróide, teremos as primeiras imagens detalhadas, e ai saberemos como é o 2004 BL86”.
Devido às grandes dimensões que o asteróide 2004 BL86 apresenta, espera-se ser possível observar o objecto com bons binóculos ou pequenos telescópios.
Os asteróides são vistos no futuro da humanidade como uma fonte valiosa de minérios e outros recursos naturais vitais. Eles poderão também fazer parte de uma espécie de “porta-aviões espacial”, em viagens planetárias como fontes de reabastecimento.
Asteróides, meteoritos e meteoros
Asteróides são corpos celestes viajam pelo espaço desde sua formação, há cerca de 4,6 biliões de anos.
Meteoritos são pedaços de asteróides que eventualmente atingem a superfície da Terra.
Meteoros são os rastos luminosos produzidos por pedaços de asteróides em contacto com a atmosfera da Terra, resultado do atrito com o ar, e são popularmente conhecidos como estrelas cadentes.