Mundo
Guerra no Médio Oriente
Ataque atribuído a Israel na Síria mata efetivos da Guarda Revolucionária do Irão
Pelo menos cinco efetivos da Guarda Revolucionária do Irão, que estariam a operar como conselheiros militares, foram este sábado abatidos num bombardeamento aéreo sobre solo sírio. Teerão atribui às Forças de Defesa de Israel a responsabilidade por este ataque em Damasco, que fez ao todo uma dezena de mortos e tem lugar num contexto de riscos acrescidos de expansão da guerra no Médio Oriente.
Em declarações à agência Reuters, fonte da segurança na aliança regional pró-síria adiantou que um dos operacionais que morreram no bombardeamento seria o chefe da unidade local de informações da Guarda Revolucionária iraniana.
A televisão estatal iraniana divulgou depois um comunicado da cúpula militar do país a confirmar as mortes de quatro conselheiros em território sírio – num ataque que Teerão garante comportar o carimbo israelita. Mais tarde, o balanço de baixas foi atualizado para cinco.
O edifício atingido pelo raid aéreo seria a residência dos conselheiros iranianos na capital síria.
A autoria do bombardeamento não foi ainda assumida pelas autoridades do Estado hebraico, que têm prosseguido campanhas cíclicas de ataques aéreos contra alvos conotados com o Irão na Síria. Ações que se acentuaram na sequência da contraofensiva na Faixa de Gaza, após o ataque desencadeado a 7 de outubro do ano passado pelo movimento radical palestiniano Hamas.Os órgãos oficiais de comunicação social da Síria noticiaram que foi atingido um edifício no bairro de Mazzeh, em Damasco. Deram também conta de várias explosões ouvidas na capital.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, organização sediada em Londres, avançou com um balanço provisório de pelo menos dez mortos.
Recorde-se que em dezembro dois ataques aéreos israelitas causaram as mortes de outros três operacionais da Guarda Revolucionária iraniana, incluindo uma alta patente responsável pela coordenação militar entre a Síria e o Irão.
Risco de propagação
Desde o início da contraofensiva israelita, morreram mais de 24.900 pessoas na Faixa de Gaza, segundo o último balanço do Ministério da Saúde deste território.
O reacender do conflito israelo-palestiniano tem provocado ondas de choque que extravasam as fronteiras de Gaza, da Cisjordânia e do Estado hebraico. Além dos territórios palestinianos, a máquina de guerra israelita continua envolvida em trocas de disparos com o movimento xiita Hezbollah, no sul do Líbano.
Grupos apoiados pelo Irão no Iraque e na Síria têm visado forças dos Estados Unidos. Norte-americanos e britânicos, por seu turno, têm multiplicado os bombardeamentos sobre os rebeldes Houthis do Iémen, igualmente secundados por Teerão, que vêm lançando repetidos ataques a navios no Mar Vermelho.
Os receios de uma expansão da guerra acentuaram-se na última semana com um ataque do Irão contra “um grupo terrorista iraniano” em território paquistanês, ao qual se seguiu uma retaliação de Islamabad contra “esconderijos terroristas”.
Iranianos e paquistaneses chegaram a retirar os embaixadores das respetivas capitais, mas acabaram por repor as relações diplomáticas após conversações.
c/ agências internacionais
A televisão estatal iraniana divulgou depois um comunicado da cúpula militar do país a confirmar as mortes de quatro conselheiros em território sírio – num ataque que Teerão garante comportar o carimbo israelita. Mais tarde, o balanço de baixas foi atualizado para cinco.
O edifício atingido pelo raid aéreo seria a residência dos conselheiros iranianos na capital síria.
Israel has launched airstrikes on Damascus, Syria, assassinating two high ranking IRGC officers. Civilians were also killed in the attack. pic.twitter.com/YCSAbbTmG9
— The Cradle (@TheCradleMedia) January 20, 2024
A autoria do bombardeamento não foi ainda assumida pelas autoridades do Estado hebraico, que têm prosseguido campanhas cíclicas de ataques aéreos contra alvos conotados com o Irão na Síria. Ações que se acentuaram na sequência da contraofensiva na Faixa de Gaza, após o ataque desencadeado a 7 de outubro do ano passado pelo movimento radical palestiniano Hamas.Os órgãos oficiais de comunicação social da Síria noticiaram que foi atingido um edifício no bairro de Mazzeh, em Damasco. Deram também conta de várias explosões ouvidas na capital.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, organização sediada em Londres, avançou com um balanço provisório de pelo menos dez mortos.
Recorde-se que em dezembro dois ataques aéreos israelitas causaram as mortes de outros três operacionais da Guarda Revolucionária iraniana, incluindo uma alta patente responsável pela coordenação militar entre a Síria e o Irão.
Risco de propagação
Desde o início da contraofensiva israelita, morreram mais de 24.900 pessoas na Faixa de Gaza, segundo o último balanço do Ministério da Saúde deste território.
O reacender do conflito israelo-palestiniano tem provocado ondas de choque que extravasam as fronteiras de Gaza, da Cisjordânia e do Estado hebraico. Além dos territórios palestinianos, a máquina de guerra israelita continua envolvida em trocas de disparos com o movimento xiita Hezbollah, no sul do Líbano.
Grupos apoiados pelo Irão no Iraque e na Síria têm visado forças dos Estados Unidos. Norte-americanos e britânicos, por seu turno, têm multiplicado os bombardeamentos sobre os rebeldes Houthis do Iémen, igualmente secundados por Teerão, que vêm lançando repetidos ataques a navios no Mar Vermelho.
Os receios de uma expansão da guerra acentuaram-se na última semana com um ataque do Irão contra “um grupo terrorista iraniano” em território paquistanês, ao qual se seguiu uma retaliação de Islamabad contra “esconderijos terroristas”.
Iranianos e paquistaneses chegaram a retirar os embaixadores das respetivas capitais, mas acabaram por repor as relações diplomáticas após conversações.
c/ agências internacionais