Ataque russo a prédio em Zaporizhia faz pelo menos três mortos

por Inês Moreira Santos - RTP
Reuters

Pelo menos três pessoas morreram e outras seis ficaram feridas na sequência de um ataque russo, na madrugada desta quinta-feira, a um prédio residencial em Zaporizhia. De acordo com as autoridades ucranianas, um míssil S-300 destruiu uma dezena de apartamentos "onde as pessoas dormiam tranquilamente".

Um prédio com cinco andares foi alvo de um ataque perpetrado pelas forças russas, informou o perfeito interino de Zaporizhia. Segundo Anatoly Kurtev, citado pela Reuters, estão confirmadas três vítimas mortais e ficaram feridas seis pessoas, mas as equipas de resgate continuam a procurar sobreviventes nos escombros do edifício. A mesma fonte revelou que o prédio ficou “quase completamente destruído”.

"Durante as operações de busca, seis feridos foram retirados dos escombros, assim como os corpos de três pessoas", disse.

Em comunicado, a polícia ucraniana referiu que foi identificado um míssil russo S-300, “de acordo com informações preliminares”.

Entretanto, o presidente ucraniano classificou o ataque como um ato de um “Estado terrorista que quer fazer de cada um dos nossos dias um dia de terror”.

"Mas o mal não prevalecerá na nossa terra. Expulsaremos todos os ocupantes e eles vão responder por tudo", acrescentou Volodymyr Zelesnky, nas redes sociais.


Contudo, os media estatais russos indicam que o prédio foi atingido pelas forças ucranianas. Vladimir Rogov, procurador que preside à organização We are together with Russia, afirmou nas redes sociais que a “explosão foi resultado das ações da defesa aérea ucraniana”.

“O trabalho dos militares ucranianos na minha terra natal, Zaporizhia, levou à destruição de um prédio de apartamentos e a mortes entre pessoas pacíficas e inocentes. Hoje, por volta das 2h45, duas explosões soaram no centro regional, temporariamente ocupado pelo regime de Zelensky”, escreveu.

Segundo a agência russa Tass, Rogov disse ainda que as Forças Armadas da Ucrânia estão constantemente a disparar mísseis antiaéreos sobre áreas residenciais, sem ter em conta a segurança da população civil.

Onze pessoas foram resgatadas e encontram-se a receber tratamento hospitalar, incluindo uma mulher grávida, adiantam as agências internacionais. Um total de 90 pessoas, incluindo três psicólogos, e 24 unidades estão envolvidas nas operações de busca e salvamento, acrescentou o serviço de emergência.
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