Mundo
Guerra no Médio Oriente
Ataques israelitas na Síria matam pelo menos 13 pessoas
Israel atacou o sul da Síria. A informação é avançada pela agência de notícias síria Sana.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla inglesa) justificaram esta sexta-feira a última vaga de ataques sobre território sírio com o objetivo de neutralizar membros da organização islamita Jemaah Islamiyah, que estaria alegadamente a preparar um ataque contra o Estado hebraico.Os ataques já provocaram pelo menos 13 mortos, incluindo duas crianças, e cerca de 25 feridos.
Na madrugada desta sexta-feira, as IDF lançaram ofensivas militares contra as cidades de Beit Jan e Tal al-Ahmar, no sul da Síria, através de ataques por via terrestre e aérea.
Segundo a agência Sana e as IDF, o ataque em Beit Jan ocorreu cerca das 3h40 locais (0h40 em Lisboa), por via terrestre, com drones “ainda a voar sobre o mar”.
A população local resistiu ao ataque, tendo os confrontos provocado pelo menos 13 mortos, incluindo duas crianças, e 25 feridos, além de centenas de deslocados, com os cadáveres a serem transferidos para o Hospital Nacional de Al-Golan, em Al-Salam. À Associated Press, um residente afirma que os mortos eram civis, um deles "tinha celebrado o seu casamento no dia anteriror".
Três pessoas foram presas pelas IDF, que justificam o ataque pela presença de suspeitos da organização terrorista islâmica Jemaah Islamiyah – extinta em 2024 -, e que estariam alegadamente a “promover planos terroristas contra cidadãos do Estado de Israel”.Seis soldados das IDF ficaram feridos e “foram evacuados para receber tratamento hospitalar”.
A Defesa Civil da Síria admite, em declarações à Al Jazeera, que não consegue entrar na cidade “para resgatar os feridos”.
Já em Tal al-Ahmar, as forças israelitas “bombardearam Tal al-Ahmar com vários disparos de artilharia”, de acordo com a agência Sana, que acrescenta que as IDF “retomaram as suas incursões na zona rural ao norte de Quneitra, com três veículos militares a avançar perto do cruzamento de Umm Batna”. Não há registo de mortos, nem de feridos.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria já condenou o ataque, apelidando-o como "um massacre horrível". As autoridades sírias consideram a ofensiva como uma violação da soberania do país, e apelam à comunidade internacional para tomar uma "ação urgente".Esta não é a primeira vez que Beit Jin foi atacado pelas forças israelitas. Já em junho várias pessoas foram capturadas, por serem alegados membros do Hamas, algo desmentido pelos locais.
As relações entre Israel e a Síria nunca foram pacíficas. Desde a fundação do Estado de Israel, em 1948, que os dois países têm passado por vários conflitos, como a Guerra dos Sete Dias, de 1967, em que Israel invadiu os Montes Golã, e cujo acordo de 1974 estabeleceu os limites de controlo entre os exércitos dos dois países, no sul da Síria, como zona-tampão.
Os territórios de controlo sírio foram invadidos por Israel após a queda do regime de Bashar Al-Assad, em 2024, tendo as IDF justificado com o “fim de garantir a segurança das comunidades das Colinas de Golã e dos cidadãos israelenses” na Síria pós-guerra.
Na madrugada desta sexta-feira, as IDF lançaram ofensivas militares contra as cidades de Beit Jan e Tal al-Ahmar, no sul da Síria, através de ataques por via terrestre e aérea.
Segundo a agência Sana e as IDF, o ataque em Beit Jan ocorreu cerca das 3h40 locais (0h40 em Lisboa), por via terrestre, com drones “ainda a voar sobre o mar”.
A população local resistiu ao ataque, tendo os confrontos provocado pelo menos 13 mortos, incluindo duas crianças, e 25 feridos, além de centenas de deslocados, com os cadáveres a serem transferidos para o Hospital Nacional de Al-Golan, em Al-Salam. À Associated Press, um residente afirma que os mortos eram civis, um deles "tinha celebrado o seu casamento no dia anteriror".
Três pessoas foram presas pelas IDF, que justificam o ataque pela presença de suspeitos da organização terrorista islâmica Jemaah Islamiyah – extinta em 2024 -, e que estariam alegadamente a “promover planos terroristas contra cidadãos do Estado de Israel”.Seis soldados das IDF ficaram feridos e “foram evacuados para receber tratamento hospitalar”.
A Defesa Civil da Síria admite, em declarações à Al Jazeera, que não consegue entrar na cidade “para resgatar os feridos”.
Já em Tal al-Ahmar, as forças israelitas “bombardearam Tal al-Ahmar com vários disparos de artilharia”, de acordo com a agência Sana, que acrescenta que as IDF “retomaram as suas incursões na zona rural ao norte de Quneitra, com três veículos militares a avançar perto do cruzamento de Umm Batna”. Não há registo de mortos, nem de feridos.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria já condenou o ataque, apelidando-o como "um massacre horrível". As autoridades sírias consideram a ofensiva como uma violação da soberania do país, e apelam à comunidade internacional para tomar uma "ação urgente".Esta não é a primeira vez que Beit Jin foi atacado pelas forças israelitas. Já em junho várias pessoas foram capturadas, por serem alegados membros do Hamas, algo desmentido pelos locais.
As relações entre Israel e a Síria nunca foram pacíficas. Desde a fundação do Estado de Israel, em 1948, que os dois países têm passado por vários conflitos, como a Guerra dos Sete Dias, de 1967, em que Israel invadiu os Montes Golã, e cujo acordo de 1974 estabeleceu os limites de controlo entre os exércitos dos dois países, no sul da Síria, como zona-tampão.
Os territórios de controlo sírio foram invadidos por Israel após a queda do regime de Bashar Al-Assad, em 2024, tendo as IDF justificado com o “fim de garantir a segurança das comunidades das Colinas de Golã e dos cidadãos israelenses” na Síria pós-guerra.