Olaf Scholz promete expulsar o jovem de 24 anos, requerente de asilo, que conduzia o carro que atropelou uma multidão em Munique fazendo pelo um morto. O chanceler alemão garante que as autoridades alemãs "não vão ser brandas" com o presumível autor do atropelamento e classificou o ato como "horrível".
Scholz diz que o suspeito "não pode esperar qualquer clemência. Deve ser punido e deve abandonar o país". Citado pela France Presse, o líder alemão reagiu desta forma ao “provável ataque”, esta manhã, em Munique quando um carro avançou sobre uma multidão, cerca de mil pessoas, que participava numa manifestação convocada por um sindicato, o Verdi.
Entre os feridos encontram-se algumas crianças. Na estrada, repleto de vários objetos espalhados, era visível um carrinho de criança caído no chão.
Os relógios marcavam 10h30 (hora local, 09h30 em Portugal continental e arquipélago da Madeira) quando o veículo se aproximou de um carro da polícia que “fechava” a marcha dos manifestantes.
A seguir, contam testemunhas, o condutor ultrapassou o carro das autoridades e avançou sobre a multidão.
A polícia parou o Mini Cooper de cor creme, tendo disparado pelo menos um tiro antes de deter o condutor. Mais tarde, a polícia de Munique revelou que o alegado autor do atropelamento tem 24 anos, é afegão e pediu asilo à Alemanha.
O líder do governo regional da Baviera admitiu que se tratou “provavelmente de um ataque” e sublinhou as “circunstâncias semelhantes” às de Magdeburgo, no final de dezembro, num mercado de Natal, quando outro atropelamento matou seis pessoas e feriu cerca de 300.
Este “ataque” acontece durante a campanha eleitoral para as legislativas alemãs de 23 de fevereiro. A campanha já está dominada pelas questões de imigração e de segurança.
As mais recentes sondagens mostram que a extrema-direita (o partido AfD) tem 20 por cento das intenções de voto e é apenas ultrapassada pelos conservadores, com 30 por cento das intenções de voto.