Austrália alega poder fazer pouco por Julian Assange

Sidney, 16 ago (Lusa) -- A procuradora-geral da Austrália afirmou hoje que pouco pode fazer pelo fundador do WikiLeaks depois de o Reino Unido ter realçado o seu direito legal de invadir a embaixada do Equador em Londres para deter Julian Assange.

Lusa /

O australiano está na embaixada do Equador em Londres desde junho a aguardar uma resposta ao seu pedido de asilo, prevista para hoje, procurando evitar a sua extradição para a Suécia.

A procuradora-geral australiana, Nicola Roxon, disse que apesar de estar a acompanhar o caso com grande interesse, o seu campo de ação tem limites.

"Fizemos contactos diplomáticos e temos também oferecido apoio consular, mas em última análise este é um assunto entre o senhor Assange e o Equador e entre o Equador e o Reino Unido", disse Roxon em declarações à ABC.

Assange é reclamado pela Suécia por alegada violação e agressão sexual a duas mulheres que conheceu numa viagem a Estocolmo em agosto de 2010, com as quais garante ter tido relações sexuais consentidas.

O fundador do WikiLeaks alega que estas acusações poderão ser parte de uma perseguição e de um plano para que seja extraditado para os Estados Unidos.

O australiano, de 41 anos, foi detido em Londres em dezembro de 2010, precisamente depois de o seu portal ter divulgado milhares de telegramas diplomáticos confidenciais dos Estados Unidos.

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