Autocarro da segurança presidencial explode na Tunísia

Pelo menos 12 pessoas morreram num ataque a um autocarro militar que transportava guardas presidenciais, em Tunes. O porta-voz do Ministério do Interior já confirmou a existência de pelo menos 12 vítimas mortais e 17 feridos.

RTP /
Mohamed Messara - EPA

A Presidência da Tunísia anunciou já a imposição do recolher obrigatório na área da capital e a declaração do estado de emergência durante 30 dias. O Presidente Beji Caid Essebsi dá assim ao governo mais flexibilidade, mais poderes ao Exército, permitindo a restrição de alguns direitos civis.

A explosão, ocorrida numa das principais avenidas da capital tunisina, foi "um atentado", disse o porta-voz da presidência, Moez Sinaoui, à agência France Presse.

Fontes policiais e presidenciais citadas pela Reuters garantem que se trata de um ataque, acrescentando que não foi possível avaliar no momento se se tratou de uma bomba ou de um explosivo disparado contra o autocarro.

Segundo testemunhas citadas pela agência EFE, a explosão foi provocada por um bombista suicida que se fez explodir quando o autocarro passava em frente da sede do antigo partido de Ben Ali, o ditador deposto em 2011. A Reuters, citando uma fonte presidencial, diz que a bomba foi detonada no interior do veículo pelo bombista.
O ataque ocorreu no cruzamento de duas ruas no centro da capital tunisina e não foi reivindicado.

A Tunísia tem sido um alvo do grupo Estado Islâmico, incluindo o ataque perpetrado por um aturador num resort turístico em Sousse, em junho, matando 39 pessoas. Um outro ataque ao Museu Bardo, em março, provocou a morte a 21 pessoas.

(com agências)
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