Autópsia de Terri Schiavo sem sinais de traumatismo prévio ao acidente
Terri Schiavo não sofreu qualquer traumatismo antes do acidente cerebral de 1990 e o cérebro tinha metade do tamanho normal quando morreu, revela a autópsia da doente que gerou um debate sobre a eutanásia nos Estados Unidos.
O médico forense do Pinellas-Pasco Medical, John Thogmartin, não encontrou provas de estrangulamento ou qualquer outra lesão traumática que tivesse provocado o colapso.
O especialista pôs de parte as hipóteses de ataque de coração e não encontrou rasto de que lhe tivessem sido administradas quaisquer drogas ou outras substâncias nocivas antes do seu óbito.
Os resultados da autópsia da mulher de 41 anos com graves lesões cerebrais foram tornados públicos hoje, mais de dois meses depois da morte de Schiavo ter posto um ponto final na batalha sobre o direito à morte que envolveu o Congresso, o próprio Presidente George W. Bush e chegou aos tribunais.
Para Thogmartin, Terri Schiavo morreu por desidratação.
Na opinião do forense, Schiavo não teria conseguido comer ou beber, mesmo que a tivessem alimentado tal como exigiam os pais.
"A retirada da sonda de alimentação teria resultado na sua morte, tivesse ela sido ou não alimentada ou hidratada pela boca", referiu aos jornalistas.
O mesmo adiantou que o cérebro de Schiavo estava reduzido a metade do tamanho normal do cérebro de um ser humano adulto quando morreu a 31 de Março no hospício de Pinellas Park, 13 dias depois de lhe ter sido retirado o tubo.
«O cérebro pesava 615 gramas, mais ou menos metade do peso esperado para um cérebro humano. (Ó) Estes danos eram irreversíveis, e nenhuma terapia ou tratamento teria regenerado a perda massiva de neurónios», concluiu.