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Autoridades tailandesas procuram equipa de futebol juvenil em caverna

por RTP
Mergulhadores da marinha foram enviados para ajudar a procurar pelos adolescentes desaparecidos Stringer - Reuters

Acompanhados pelo treinador, os menores, entre os 11 os 16 anos, estão desde sábado presos numa caverna na província de Chiang Rai, no norte da Tailândia. Dezenas de pessoas, incluindo mergulhadores, têm participado nas buscas.

As autoridades tailandesas acreditam que o grupo de menores, com idades entre 11 e 16 anos, integrantes de uma equipa futebol, e o treinador entraram sábado no local para escapar a condições climáticas adversas.

Até ao momento, o único sinal da equipa de futebol desaparecida foram as bicicletas que deixaram - que ainda estão presas à vedação na entrada da caverna - e algumas pegadas.

A caverna de Tham Luang Nang Non é uma atração turística que se estende por muitos quilómetros subterrâneos. Acredita-se que os 12 menores e o treinador, de 25 anos, estejam numa câmara da rede de cavernas. 

Há cerca de 40 câmaras em Tham Luang Nang Non. As autoridades acreditam que a equipa de futebol juvenil entrou na caverna por um estreito canal de 15 metros de comprimento.

“Estivemos a trabalhar nas últimas 24 horas mas há ainda muitas limitações. As cavernas são muito escuras e têm níveis muito baixos de oxigénio em algumas áreas e as chuvas tornaram a nossa tarefa mais difícil”, divulgou o responsável local Kamolchai Kotcha à CNN.

O vice-primeiro-ministro da Tailândia tem-se mostrado esperançoso de que o grupo de jovens futebolistas ainda esteja vivo.

"Continuamos otimistas de que todos estão vivos", disse esta terça-feira Prawit Wongsuwon, ao Bangkok Post. "Mesmo que não tenham nada para comer, devem ter água para beber”, acrescentou.

A caverna pode fica inundada até aproximadamente cinco metros durante a estação chuvosa da Tailândia, que vai de junho a outubro.
Chuva trava buscas
As autoridades tailandesas começaram a procurar os 13 elementos no sábado à noite. Mas as buscas chegaram a ser temporariamente interrompidas por causa da chuva forte. Os mergulhadores da marinha puderam reentrar esta terça-feira na caverna.

Foram vistas pegadas frescas dentro do complexo da caverna, aumentando as esperanças de segurança do grupo. As equipas de resgate continuam a ser vistas a entrar e a sair do local, onde equipas médicas aguardam.

Os familiares têm acampado na caverna, que fica perto da fronteira com Myanmar, realizando cerimónias de oração pelo regresso dos seus filhos e do treinador, em torno de santuários improvisados.

"Meu filho, vim buscar-te", disse um familiar em lágrimas, segundo a agência France Presse.

"Sinto que acabei de perder o meu coração porque acabei de encontrar a mochila, o telemóvel e os sapatos do meu filho. Mas tudo o que posso fazer é esperar", revelou Sudsakorn Sudtham, de 35 anos, cujo filho, Prajak, tem 14 anos.


Há ainda dezenas de voluntários com experiência em mergulho e exploração em cavernas e vários militares a tentar aceder ao complexo pelas colinas.
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