Avião da Air France desaparece durante ligação Rio-Paris

Há pelo menos um cidadão português a bordo do avião da Air France que desapareceu esta madrugada algumas horas após a partida do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada à agência Lusa por fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades.

RTP /
O avião da Air France do voo 447 era Airbus A-330, um aparelho com dois motores Air France

De acordo com esta fonte, o cidadão em causa tem passaporte português mas não estava inscrito no consulado de Portugal no Rio de Janeiro.

As autoridades portuguesas apelam a quem tenha informações sobre outros possíveis passageiros portugueses ou luso-descendentes que contacte o número de emergência do consulado de Portugal em Paris: 00331626986703.

Ainda de acordo com a agência Lusa, um funcionário da embaixada de Portugal em Paris foi enviado para o aeroporto de Roissy-charles de Gaulle "como medida de precaução".

Ainda muitas dúvidas sobre o que poderá ter acontecido ao avião da companhia aérea francesa

O aparelho, um Airbus A-330, da Air France, levantou voo do aeroporto do Rio de Janeiro no domingo, às 22h00 (GMT), com 216 passageiros a bordo e 12 elementos da tripulação.

Cerca de quatro horas depois, segundo indicação da Air France, o avião enviou um sinal automático com a indicação da existência de problemas eléctricos. Nesse momento o aparelho estaria a passar por uma zona de forte turbulência.

A Air France tem implementado um sistema que monitoriza de forma contínua todos os sistemas do aparelho (telemetria). Trata-se de um procedimento automático que não implica intervenção humana ou sequer conhecimento dos pilotos.

Foi este tipo de sinal que a Air France recebeu 14 minutos depois do aparelho ter entrado na zona de turbulência. Receberam a indicação de "mau funcionamento dos sistemas eléctricos". Esta mensagem automática chegou às 02h14 GMT. Terá sido a última indicação sobre o avião.

As dúvidas sobre o que aconteceu ao Airbus 330 são ainda muitas. O porta-voz da Air France disse que "é possível" que o avião tenha sido atingido por um raio quando passava sobre a zona de forte turbulência.

Nessa altura o avião estava a voar sobre o Oceano Atlântico. Terá então desaparecido dos radares o que, à partida, não é indicação de que tenha caído ou explodido nesse momento, uma vez que na passagem pelo Atlântico não há cobertura radar durante uma boa parte do trajecto.

Durante a ausência de controlo radar os pilotos têm que comunicar via rádio, de tempo em tempo, a localização e outros elementos de voo para controlo do tráfego aéreo.

Esta situação complica as buscas uma vez que torna mais difícil identificar de forma mais próxima o local onde o aparelho estava quando desapareceu.

Estranho é ainda o facto de os piltotos não terem comunicado via rádio qualquer situação sobre o estado do avião. (ver vídeo relacionado)
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