Balanço das cheias em Díli aumenta para 11 vítimas mortais

por Lusa

As cheias que atingiram hoje grande parte da cidade de Díli provocaram pelo menos 11 mortos, segundo um balanço atualizado, mas ainda provisório da Proteção Civil, estando as autoridades a planear a resposta de emergência.

Responsáveis do Governo e das várias estruturas de emergência estiveram reunidos de urgência no Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC) para analisar os danos causados pelas cheias, que arrastaram casas, destruíram estradas e várias outras estruturas.

Entre as prioridades definidas nessa reunião alargada liderada pelo CIGC está o apoio à evacuação das zonas mais afetadas e ao realojamento de centenas de famílias afetadas pelas inundações em vários pontos da cidade.

Participantes no encontro explicaram à Lusa que as prioridades passam igualmente pelo apoio humanitário de emergência a todas as vítimas e pelas operações de limpeza e recuperação de infraestruturas danificadas.

A reunião contou com a presença da equipa de liderança do CIGC, de vários membros do Governo, de vários diretores e ainda de elementos da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), das Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), da Proteção Civil e dos Bombeiros, entre outros.

O encontro deliberou que a resposta às inundações deve ter em conta os esforços continuados de combate à covid-19, procurando separar ao máximo as famílias.

As medidas estão a ser tomadas tendo em conta o facto de Timor-Leste estar a viver o pior momento da pandemia e, em particular, o facto de as inundações terem afetado várias estruturas usadas no combate à doença.

Entre os locais mais afetados contam-se o Centro de Isolamento de Vera Cruz, onde estão três doentes considerados moderados e um doente considerado grave, e que tiveram que ser realojados no Hospital de Lahane, devido às inundações.

Registaram-se ainda inundações no Laboratório Nacional e no centro de isolamento de Tasi Tolu, bem como no Serviço Autónomo de Medicamentos e Equipamentos de Saúde (SAMES), a farmácia central timorense.

No caso das pessoas infetadas que estão em Tasi Tolu, as autoridades estão a tentar identificar outros locais onde possam ser alojadas.

Funcionários da empresa ETO apoiaram os funcionários do SAMES e conseguiram retirar do local vários medicamentos e ainda algumas arcas com vacinas de vários tipos, ainda que muitos fármacos tenham ficado destruídos.

Paralelamente, as autoridades timorenses estão já a delinear as intervenções urgentes em termos de obras públicas, nomeadamente "reconstrução das vias rodoviárias mais afetadas e essenciais, limpeza das ribeiras.

"Vão ser ainda feitos preparativos para mais inundações porque a chuva pode durar mais alguns dias", disse à Lusa um dos participantes no encontro.

A coordenação das intervenções imediatas vai ser coordenada com o secretário de Estado da Proteção Civil, com a Proteção Civil a recolher os dados das necessidades e das vítimas e policiais e militares a apoiar no realojamento das famílias.

"Foram também tomadas medidas de imediato para que já amanhã haja máquinas a limpar e a reconstruir e a ajuda a ser distribuída em larga escala", referiu a fonte.

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