Mundo
Guerra no Médio Oriente
Barco da flotilha humanitária onde seguem portugueses foi atacado em Tunes
O navio de bandeira portuguesa - o "Família" - foi atacado esta terça-feira em Tunes - na Tunísia com um drone. Integrado na Flotilha Global Sumud, o "Família" sofreu danos "superficiais" e "pode viajar" para Gaza esta quarta-feira, segundo os porta-vozes tunisinos da flotilha. O governo da Tunísia nega qualquer ataque à flotilha. O ministro do Interior garante que se tratou de um incêndio dentro da embarcação.
A embarcação que foi atingida é a que transporta a comitiva portuguesa composta por Mariana Mortágua e a atriz Sofia Aparicio. Na atura só estava a bordo o ativista Miguel Duarte.
Não há registo de feridos.
Não há registo de feridos.
A Flotilha Global Sumud difundiu hoje um vídeo em que mostra o ataque de um drone ao navio da organização ativista, com bandeira portuguesa, onde viajam para Gaza membros da sua direção.
O vídeo, gravado às 00:29 de hoje, mostra a chama de um disparo que desce do alto e a imagem e som de um impacto num dos "principais navios" da organização.
O vídeo, gravado às 00:29 de hoje, mostra a chama de um disparo que desce do alto e a imagem e som de um impacto num dos "principais navios" da organização.
Num segundo vídeo percebe-se que o ataque quase atingiu dois ativistas que se dirigiam para o local da embarcação alvejada, quando se encontrava atracada à margem no porto de Sidi Bou Said, em Tunes, capital da Tunísia.
La Global Sumud Flotilla denuncia un ataque con drones a una de sus principales embarcaciones, que ha causado daños materiales por un fuego pero no personales https://t.co/oeuPsHUMmT pic.twitter.com/HqbQNmnxXA
— Europa Press (@europapress) September 9, 2025
Os danos foram superficiais na embarcação, mas foram o suficiente para relatora especial da ONU para a Cisjordânia e Gaza, Francesca Albanese, pedir proteção urgente para este navio e para os outros dois incluídos na flotilha.
O ministro tunisino do Interior negou esta manhã qualquer ataque à embarcação da flotilha e acrescentando que se tratou de um incêndio no interior do navio.
Antes desta declaração, a Guarda Costeira tunisina tinha garantido que "não existe qualquer ato hostil nem ataque externo".
Uma ativista da organização da frota de embarcações que segue para Gaza denuncia o ataque com drone.
Yasemin Acar fez a denúncia nas redes sociais.
Nas redes sociais da Flotilha Global Sumud são mostrados os danos superficiais do ataque.
A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, pede uma reação da comunidade internacional ao ataque ao barco de bandeira portuguesa.
Mariana Mortágua garante que qualquer tentativa de intimidação não vai ser bem sucedida.
"Era muito importante, também, que houvesse uma reação por parte da comunidade internacional. Eu recordo que a bordo deste barco, no momento do ataque, estava um cidadão português, o Miguel Duarte, juntamente com outros cidadãos não armados, civis, que queriam apenas levar ajuda humanitária [a Gaza], e que este barco tem bandeira portuguesa", disse à Lusa Mariana Mortágua.
"Era muito importante, também, que houvesse uma reação por parte da comunidade internacional. Eu recordo que a bordo deste barco, no momento do ataque, estava um cidadão português, o Miguel Duarte, juntamente com outros cidadãos não armados, civis, que queriam apenas levar ajuda humanitária [a Gaza], e que este barco tem bandeira portuguesa", disse à Lusa Mariana Mortágua.
A Flotilha Global Sumud (GSF, na sigla em inglês) confirmou que "um dos principais barcos", com bandeira portuguesa, "foi atingido por um drone" em Tunes, capital da Tunísia.
"O barco navegava sob bandeira portuguesa e todos os passageiros e tripulantes estão bem. Está em curso uma investigação e, assim que houver mais informações disponíveis, estas serão divulgadas imediatamente", acrescentou a GSF, através de várias publicações nas redes sociais.
"Os atos de agressão destinados a intimidar e a inviabilizar a nossa missão não nos dissuadirão", disse a GSF, acrescentando que a "a missão pacífica de quebrar o cerco a Gaza e de [se] solidarizar com o seu povo continua com determinação e resolução".
A Flotilha Global Sumud, que pretende ser "a maior missão humanitária da história" com o território palestiniano de Gaza, saiu inicialmente de Barcelona.
`Sumud` é uma palavra árabe que significa resiliência.
c/Lusa