Barco naufraga no Brasil com dezenas de pessoas a bordo

por RTP
Foto: Twitter

A embarcação naufragou na terça-feira à noite no rio Xingú, no estado brasileiro do Pará. Há registo de dez vítimas mortais e 40 desaparecidos. Vinte e cinco pessoas foram já resgatadas com vida. As autoridades estimam que cerca de 70 pessoas seguiam a bordo.

O navio Comandante Ribeiro saiu do porto regional de Santarém, no Pará, na noite de segunda-feira. Tinha como destino a cidade de Vitória do Xingú e já tinha percorrido 350 quilómetros na altura do naufrágio. Ao longo do trajeto fez três paragens, a última em Porto de Moz, onde recebeu mais 40 passageiros de uma só vez, segundo o jornal Folha de São Paulo.

O mesmo jornal acrescenta que a Arcon (Agência Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos) apurou que o navio fazia o transporte clandestino de passageiros. A entidade que regula o transporte intermunicipal no Pará refere que a embarcação naufragada "não estava legalizada para fazer o transporte de passageiros", uma vez que não estava registada.

Em declarações à Globo, a Marinha diz continuar à procura de mais sobreviventes, mas salienta que o local do acidente é “bastante distante da margem” do rio amazónico, que é “muito externos” e tem correntes “fortes”. Entre as vítimas mortais confirmadas estão uma criança e um adolescente de 15 anos. Os corpos das vítimas foram levados para Porto de Moz. As autoridades estimam que viajavam cerca de 70 pessoas na embarcação, mas não confirma o número exato de passageiros.

A Marinha e a Polícia Civil já estão a investigar as causa do naufrágio por via de dois inquéritos, um administrativo e outro criminal. A investigação pretende apurar a capacidade de passageiros e detalhes sobre a embarcação. As autoridades estimam que a formação de uma tempestade tenha estado na origem do acidente.

Este acidente acontece vinte dias depois de um outro acidente, ocorrido a 2 de agosto no rio Amazonas, também no estado do Pará. Na altura, o embate entre um cargueiro e um navio fez nove desaparecidos.


Mapa: Folha de São Paulo
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