Barco que deu à costa em Cabo Verde com cinco sobreviventes

por Lusa
A história repete-se com o aparecimento de migrantes na costa de Cabo Verde Reuters (arquivo)

A embarcação artesanal que deu à costa, no domingo, na ilha de São Vicente, Cabo Verde, com cinco sobreviventes - um dos quais morreu depois de hospitalizado - tinha 65 pessoas a bordo, segundo relatos feitos às autoridades.

"Os náufragos relataram que, inicialmente, estavam a bordo da embarcação 65 indivíduos de diferentes nacionalidades e que se encontravam à deriva no mar há vários dias", indicou a polícia, em comunicado.

Os resgatados não conseguiram ainda dar mais informações às autoridades, acrescentou.

O caso é semelhante a outros de embarcações que ficam à deriva no oceano Atlântico, depois de largarem do continente africano para chegar a espaço europeu, no arquipélago espanhol das Canárias, mas sem meios adequados.

As autoridades retiraram cinco corpos do barco, dois em avançado estado de decomposição, e levaram cinco homens "muito debilitados" para o Hospital Baptista Sousa, no Mindelo, um dos quais acabou por morrer na unidade de saúde.

Dos quatro sobreviventes, dois são de nacionalidade senegalesa e dois são originários do Mali.

O alerta para a descoberta da embarcação numa praia na costa de Viana, localidade do Calhau, na zona leste da ilha de São Vicente, foi recebido pela polícia pelas 10h30 em Lisboa de domingo.

As Forças Armadas e o serviço de Proteção Civil fizeram buscas na área, em busca de outros sobreviventes, mas sem resultados.

"Ainda não há certeza da origem da piroga", disse Vitória Veríssimo, comandante regional do Serviço Nacional da Proteção Civil cabo-verdiano, acrescentando que todos são homens e "aparentemente jovens".

O Centro Conjunto de Coordenação de Salvamento, da Guarda Costeira cabo-verdiana, já tinha recebido informações do Senegal sobre embarcações do tipo avistadas dias antes.

 

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