Barragem de Brumadinho. 134 vítimas mortais

Aumentou para 134 o número de vítimas mortais provocadas pela queda da barragem de Brumadinho, no sudoeste do Brasil. De acordo com as equipas de socorro no local há ainda 199 pessoas desaparecidas.

RTP /
Os helicópteros que têm ajudado nas operações de socorro esta manhã não puderam levantar voo devido ao mau tempo Reuters

O números de vítimas mortais foi atualizado ao início da tarde pelas equipas de resgate.

A maioria das vítimas são trabalhadores da mineira Vale, que detém a propriedade do dique de contenção que colapsou perto da cidade de Brumadinho, localidade no estado de Minas Gerais.

Fontes oficiais informaram entretanto que as buscas foram suspensas devido às fortes chuvadas que caíram durante a madrugada.

De acordo com o tenente-coronel do corpo de bombeiros, Anderson Passos, as chuvas aumentaram o risco de os resíduos minerais, que se encontram na represa, que rompeu a 25 de janeiro, chegarem à zona onde atuam as brigadas de resgate.

As últimas informações indicam que os helicópteros no local não conseguiram sequer iniciar as operações de socorro devido ao mau tempo.
O que aconteceu?
Construída em 1976, a represa que ruiu tinha capacidade para armazenar cerca de 13 milhões de metros cúbicos de resíduos ferrosos e água, que arrasaram, além da área administrativa da empresa Vale no local, casas, granjas, pousadas e estradas em poucos minutos e com uma força descomunal, como se se tratasse de um tsunami de barro.

O desastre ocorreu apenas três anos depois de outro parecido ter acontecido em Mariana, município que também localizado no estado de Minas Gerais e onde a rotura de vários diques da mineira Samarco, controlada pela Vale e BHP Billiton, provocou 19 mortos e uma tragédia ambiental sem precedentes.

A empresa Vale anunciou, na semana passada, que encerrará todas as barragens construídas com o mesmo método que a de Brumadinho, feitas a partir dos próprios resíduos e de terra da zona.

C/ Lusa
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