Mundo
Guerra no Médio Oriente
"Batalha final". Controlo por Cidade de Gaza disputado rua a rua
Fontes do Hamas reportaram à BBC que o comandante militar do grupo, Izz al-Din al-Haddad, convocou todos os seus combatentes disponíveis para lutar contra as forças israelitas pelo controlo do centro da Cidade de Gaza nas próximas horas, dizendo-lhes que esta será a "batalha decisiva, final".
Esperam-se para as próximas horas combates renhidos e sangrentos, rua a rua, numa área densamente povoada, apesar de milhares de habitantes terem já abandonado da cidade.
A presença de veículos armados israelitas foi confirmada pela BBC perto do hospital al-Shifa e do principal complexo das Nações Unidas na zona sul da cidade, a 700 metros do centro. Israel lançou na semana passada a ofensiva pelo controlo da área, descrevendo a Cidade de Gaza como o “último bastião” do Hamas e declarando como objetivo “eliminar terroristas” e resgatar os restantes 48 reféns, 20 dos quais deverão estar ainda vivos.
Os números são impossíveis de confirmar por fontes independentes, uma vez que jornalistas internacionais foram proibidos por Israel há quase dois anos de entrarem sem escolta na Faixa de Gaza.
Emboscadas e armadilhas
Uma das táticas israelitas desde o início foi a destruição de túneis construídos pelo Hamas no subsolo de Gaza, para se refugiarem, armazenar arsenais e deslocarem em segredo. Desde o início da guerra foram ainda usados para lançar ataques surpresa contra os soldados israelitas.
A fonte do Hamas contactada pela BBC garantiu que nem todos estes túneis foram destruídos e que o grupo tem aprendido com o sucesso israelita na destruição de unidades militantes que tentaram resistir em luta ao avanço dos soldados.
Antes de ser morto, o antigo líder militar do Hamas, Mohammed Deif, ordenou aos seus combatentes para adotarem táticas de guerrilha e realizarem emboscadas para mitigar perdas e agravar as dificuldades de avanço israelita.
De acordo com habitantes da Cidade de Gaza, no norte da Faixa de Gaza, as IDF reagiram com ataques rápidos a zonas urbanas, de poucas horas, seguidos de recuos para zonas seguras. Têm ainda utilizado carros armados danificados, cheios de explosivos e controlados remotamente, para atacar as posições do Hamas e destruir edifícios usados como esconderijos pelos militantes.
Uma fuga quase impossível
Drones equipados com sistemas sonoros têm sido ainda utilizados para avisar os habitantes civis para fugir, lançando alegadamente o pânico nalgumas zonas.
Os custos da viagem são contudo proibitivos, com as famílias a pagar mais de três mil dólares por um transporte, verba muito acima das possibilidades da maioria dos palestinianos de Gaza, refere a BBC. Muitos viram-se forçados a abandonar todos os bens, resumindo-os ao que consegue carregar a pé.
Centenas de milhares de civis estarão ainda na Cidade de Gaza, sem possibilidade de fuga.
A presença de veículos armados israelitas foi confirmada pela BBC perto do hospital al-Shifa e do principal complexo das Nações Unidas na zona sul da cidade, a 700 metros do centro. Israel lançou na semana passada a ofensiva pelo controlo da área, descrevendo a Cidade de Gaza como o “último bastião” do Hamas e declarando como objetivo “eliminar terroristas” e resgatar os restantes 48 reféns, 20 dos quais deverão estar ainda vivos.
As Forças de Defesa de Israel, as IDF, estimaram a semana passada que estariam na cidade três mil combatentes do Hamas. O grupo menciona cinco mil e ameaçou realizar ataques suicidas, uma tática pouco habitual neste conflito.
Os números são impossíveis de confirmar por fontes independentes, uma vez que jornalistas internacionais foram proibidos por Israel há quase dois anos de entrarem sem escolta na Faixa de Gaza.
Emboscadas e armadilhas
Uma das táticas israelitas desde o início foi a destruição de túneis construídos pelo Hamas no subsolo de Gaza, para se refugiarem, armazenar arsenais e deslocarem em segredo. Desde o início da guerra foram ainda usados para lançar ataques surpresa contra os soldados israelitas.
A fonte do Hamas contactada pela BBC garantiu que nem todos estes túneis foram destruídos e que o grupo tem aprendido com o sucesso israelita na destruição de unidades militantes que tentaram resistir em luta ao avanço dos soldados.
Antes de ser morto, o antigo líder militar do Hamas, Mohammed Deif, ordenou aos seus combatentes para adotarem táticas de guerrilha e realizarem emboscadas para mitigar perdas e agravar as dificuldades de avanço israelita.
De acordo com habitantes da Cidade de Gaza, no norte da Faixa de Gaza, as IDF reagiram com ataques rápidos a zonas urbanas, de poucas horas, seguidos de recuos para zonas seguras. Têm ainda utilizado carros armados danificados, cheios de explosivos e controlados remotamente, para atacar as posições do Hamas e destruir edifícios usados como esconderijos pelos militantes.
Uma fuga quase impossível
Drones equipados com sistemas sonoros têm sido ainda utilizados para avisar os habitantes civis para fugir, lançando alegadamente o pânico nalgumas zonas.
A única rota de saída da Cidade de Gaza permitida por Israel é a estrada costeira de al-Rashid, que tem estado pejada de famílias palestinianas.
As Nações Unidas estimaram terça-feira que pelo menos 321 mil pessoas fugiram para sul desde meados de agosto. Os números das IDF são muito superiores, da ordem dos 640 mil fugitivos.
Os custos da viagem são contudo proibitivos, com as famílias a pagar mais de três mil dólares por um transporte, verba muito acima das possibilidades da maioria dos palestinianos de Gaza, refere a BBC. Muitos viram-se forçados a abandonar todos os bens, resumindo-os ao que consegue carregar a pé.
Centenas de milhares de civis estarão ainda na Cidade de Gaza, sem possibilidade de fuga.