O Batasuna não efectuou, no entanto, qualquer apelo formal à ETA para que ponha termo à violência no País Basco.

Apesar de ilegalizado, o partido organizou hoje uma grande manifestação num estádio de San Sebastian, em que participaram cerca de 15.000 pessoas, durante a qual divulgou um documento do qual constam as suas novas propostas para solucionar o problema basco, intitulado "Agora o povo, agora a paz".

Para pôr fim ao conflito do País Basco, o partido radical defende que, em caso de acordo entre todas as partes sobre uma solução, a população deve ser, em seguida, consultada "num contexto pacífico e democrático", com vista ao qual o Batasuna garante que tomará as medidas necessárias.

A coligação independentista considera que "todos os cidadãos bascos têm o direito de ser consultados e que, em consequência, os estatutos actual e futuro" do País Basco "devem ser submetidos a um referendo".

O Batasuna garante, neste documento, que assumirá, juntamente com as outras forças políticas daquela região autónoma de Espanha, uma série de compromissos, tendo em conta o facto de "a solução do conflito basco exigir a criação de um processo de diálogo político multilateral".

Um desses compromissos é "ultrapassar as divergências de forma pacífica e democrática" durante o processo de resolução do conflito.

"O recurso a meios exclusivamente políticos e democráticos permitirá concretizar, sem limites ou restrições, todas as propostas políticas", afirma o Batasuna, para quem a solução do conflito basco passa por um duplo acordo entre os protagonistas do País Basco, de um lado, e entre a ETA e os Estados espanhol e francês, de outro.