"A minha primeira obrigação é trabalhar de uma maneira incansável para reconstruir a plena e visível unidade de todos os seguidores de Cristo. Isso requer, além das boas intenções, gestos concretos que cheguem ao coração e abanem as consciências para indicar a cada um que a conversão interior é o primeiro requisito para o progresso ecuménico", sublinhou o Papa.

Bento XVI, que fez votos para que a visita seja frutuosa e reforce as relações entre os cristãos, advogou por uma cada vez maior compreensão, cooperação e um maior progresso ecuménico.

Acompanhado da sua esposa e de um grupo de religiosos, entre eles o bispo da Igreja evangélica alemã, Eberhardt Renz, e o arcebispo ortodoxo Makarios, Samuel Kobia apreciou as palavras do bispo de Roma.

"Se nos basearmos no que disse Bento XVI no começo do seu pontificado temos um amplo espaço para discutir inclusivamente os temas mais difíceis", afirmou, na conferência de imprensa posterior.

Em Ancara, o patriarca ecuménico Bartolomeu II, líder espiritual dos cristãos ortodoxos, saudou a afirmação de Bento XVI, chamando-lhe uma mútua "obrigação para com Deus", avisando, no entanto, que o caminho para a unidade será "lento e doloroso".

O CMI congrega mais de 300 igrejas de praticamente todas as tradições cristãs, incluindo protestantes e ortodoxos. A Igreja Apostólica Romana não é membro, mas coopera com o Conselho.