Bento XVI pede jornada de oração no domigo para cessar-fogo no Médio Oriente
O Papa pediu uma jornada de oração no domingo para um cessar-fogo no Médio Oriente, sublinhando tanto o direito do Líbano à integridade territorial, como de Israel viver em paz e dos palestinianos a terem um Estado.
Em comunicado divulgado pela Santa Sé refere-se que o Papa Bento XVI "segue com grande preocupação a situação de todas as populações" da região e apela para uma "jornada de oração e penitência" no próximo, visando um "cessar-fogo imediato".
O Papa apoia também o pedido para a criação de um "corredor humanitário" para chegada de ajuda às populações que sofrem feito pelo Presidente francês, Jacques Chirac, e a União Europeia (UE).
Bento XVI apelou ainda para o início de negociações "razoáveis e responsáveis para acabar com situações objectivas de injustiça na região", sublinhando que os libaneses têm "direito ao respeito da sua integridade e soberania, os israelitas a viver em paz no seu país e os palestinianos a ter uma pátria livre e soberana".
Por seu turno, a Rússia defendeu hoje um "cessar-fogo imediato" no Líbano, alertando que a actual situação pode criar uma "catástrofe humanitária de grande amplitude" naquele país e nos territórios palestinianos, segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
"A primeira medida urgente na actual situação é um cessar-fogo imediato", refere o documento.
"O Líbano e os territórios palestinianos estão à beira de uma catástrofe humanitária de grande amplitude", acrescenta a nota, sublinhando que a Rússia apoia o pedido de cessar-fogo feito pelo primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora.
Moscovitas e membros da comunidade palestiniana manifestaram- se hoje em frente da Embaixada de Israel em Moscovo, empunhando bandeiras do Hezbollah, contra a ofensiva israelita no Líbano e em Gaza.
"O povo russo reclama o fim do genocídio no Líbano", "libertem a Palestina" e "Israel=Nazismo=Fascismo", foram algumas das palavras de ordem inscritas nos cartazes empunhados pelos manifestantes.
Em Beirute, capital do Líbano, 400 libaneses também se manifestaram no centro da cidade para exigir o fim dos ataques israelitas e pedir ajuda internacional.
No protesto, que decorreu de forma silenciosa, participaram sobretudo mulheres e crianças convocadas por cerca de 40 organizações humanitárias que trabalham no país.
A ofensiva israelita contra o Líbano, iniciada na sequência do sequestro de dois soldados de Israel pela milícia xiita libanesa Hezbollah, já provocou 300 mortos e meio milhão de deslocados.