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Guerra na Ucrânia
Berlim e Bruxelas são palco de novas negociações sobre futuro da Ucrânia
Na capital alemã, as negociações entre as delegações da Ucrânia e dos Estados Unidos são retomadas depois de, no domingo, terem decorrido ao longo de mais de cinco horas.
O futuro da Ucrânia continua em jogo e volta estar em debate, esta segunda-feira, em dois campos. O presidente ucraniano e os enviados dos Estados Unidos para as negociações de paz reúnem-se novamente em Berlim. E em Bruxelas os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia tentam fechar a arquitetura dos novos apoios a Kiev, com vista aos próximos dois anos, sendo o ponto mais premente acabar com o impasse no uso dos fundos russos que estão congelados na Europa.
"[As partes] concordaram em continuar amanhã", disse o conselheiro do chefe de Estado ucraniano à saída do encontro em Berlim, no qual esteve também presente o chanceler germânico, Friedrich Merz. Dmytro Lytvyn acrescentou, segundo a agência de notícias francesa AFP, que Volodymyr Zelensky falará esta segunda-feira.
Além de uma segunda ronda de conversações entre o líder ucraniano e os negociadores norte-americanos Steve Witkoff e Jared Kushner (genro de Donald Trump), terá ainda lugar esta segunda-feira, em Berlim, uma cimeira convocada pelo chanceler alemão entre vários líderes europeus, das instituições comunitárias e da NATO sobre o assunto.
Em Bruxelas, os ministros dos Negócios Estrangeiros vão discutir, também esta segunda-feira, a proposta de apoio à Ucrânia para os próximos dois anos, para tentar desbloqueá-la a tempo da reunião de líderes da União Europeia (UE), marcada para o final da semana.
O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, participa na reunião em Bruxelas encabeçada pela alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas. Reunião centrada no apoio à Ucrânia para 2026 e 2027, e na proposta da Comissão Europeia para utilizar os recursos russos imobilizados na UE para pagar a destruição perpetrada por Moscovo.
A alta representante para a diplomacia europeia considerou que esta semana "é decisiva" para encontrar uma solução para o financiamento à Ucrânia, insistindo que a melhor opção é utilizar os recursos russos imobilizados.
“Esta semana é decisiva”, disse esta manhã Kaja Kallas, à entrada para uma reunião ministerial, em Bruxelas, reconhecendo que as negociações “estão cada vez mais difíceis”.
O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Andrii Sybiha, vai participar por videoconferência e deverá fazer uma atualização dos esforços negociais com os Estados Unidos da América, das quais a UE foi excluída por Washington, ainda que o acordo com a Rússia possa delinear a nova arquitetura de segurança da Europa.
Na última sexta-feira, a UE aprovou, por maioria e com os votos contra da Hungria e Eslováquia, uma decisão para manter os ativos russos imobilizados indefinidamente no espaço comunitário, servindo de base ao empréstimo de reparações à Ucrânia.
"[As partes] concordaram em continuar amanhã", disse o conselheiro do chefe de Estado ucraniano à saída do encontro em Berlim, no qual esteve também presente o chanceler germânico, Friedrich Merz. Dmytro Lytvyn acrescentou, segundo a agência de notícias francesa AFP, que Volodymyr Zelensky falará esta segunda-feira.
Além de uma segunda ronda de conversações entre o líder ucraniano e os negociadores norte-americanos Steve Witkoff e Jared Kushner (genro de Donald Trump), terá ainda lugar esta segunda-feira, em Berlim, uma cimeira convocada pelo chanceler alemão entre vários líderes europeus, das instituições comunitárias e da NATO sobre o assunto.
Witkoff adiantou, na noite passada, que as conversações estão a fazer progressos.Zelensky, por seu lado, declarou que propôs abandonar a ideia de a Ucrânia entrar na Aliança Atlântica como prova do esforço e da vontade de Kiev para pôr termo à guerra.
O presidente ucraniano rejeitou, contudo, a pressão dos EUA para ceder territórios à Rússia.
Ministros europeus tentam desbloquear apoioEm Bruxelas, os ministros dos Negócios Estrangeiros vão discutir, também esta segunda-feira, a proposta de apoio à Ucrânia para os próximos dois anos, para tentar desbloqueá-la a tempo da reunião de líderes da União Europeia (UE), marcada para o final da semana.
O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, participa na reunião em Bruxelas encabeçada pela alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas. Reunião centrada no apoio à Ucrânia para 2026 e 2027, e na proposta da Comissão Europeia para utilizar os recursos russos imobilizados na UE para pagar a destruição perpetrada por Moscovo.
A alta representante para a diplomacia europeia considerou que esta semana "é decisiva" para encontrar uma solução para o financiamento à Ucrânia, insistindo que a melhor opção é utilizar os recursos russos imobilizados.
“Esta semana é decisiva”, disse esta manhã Kaja Kallas, à entrada para uma reunião ministerial, em Bruxelas, reconhecendo que as negociações “estão cada vez mais difíceis”.
"Temos muitas discussões hoje, começando pela Ucrânia em termos de financiamento. É pegar ou largar", disse ainda. "As decisão que precisamos de tomar para apoiar a Ucrânia são muito importantes".
Segundo Kallas, a utilização dos ativos russos que estão congelados nos países da União Europeia continua a ser a maneira “mais credível” de resolver o problema para 2026 e 2027.
O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Andrii Sybiha, vai participar por videoconferência e deverá fazer uma atualização dos esforços negociais com os Estados Unidos da América, das quais a UE foi excluída por Washington, ainda que o acordo com a Rússia possa delinear a nova arquitetura de segurança da Europa.
Na última sexta-feira, a UE aprovou, por maioria e com os votos contra da Hungria e Eslováquia, uma decisão para manter os ativos russos imobilizados indefinidamente no espaço comunitário, servindo de base ao empréstimo de reparações à Ucrânia.
Recorde-se que há duas semanas, a Comissão Europeia propôs um polémico empréstimo de reparações com base em ativos russos congelados e um crédito de menor dimensão assente no orçamento da UE, para apoiar a Ucrânia em 2026 e 2027.
c/ agências