Dezenas de milhares de pessoas voltaram às ruas da capital da Bielorrússia, este domingo, para protestar contra a reeleição do contestado Presidente Alexander Lukashenko e para exigir que os presos políticos fossem libertados. A polícia bielorrussa acabou por dispersar das ruas de Minsk os manifestantes com jatos de água.
As ruas da capital bielorrussa voltaram a ser palco de protestos este domingo. Milhares de manifestantes marcharam pela cidade com bandeiras com uma faixa vermelha e ao som de tambores, dirigindo-se aos centros de detenção onde acreditam que estejam os presos político.
Para tentar dispersar os manifestantes e pôr fim ao protesto, a polícia de Minsk acabou por atirar jatos de água para cima das milhares de pessoas que protestavam, como mostram algumas imagens divulgadas nas redes sociais.
A polícia bielorrussa usou canhões de água montados em veículos blindados para dispersar os manifestantes, acabando por também prender vários manifestantes.
Tens of thousands people rally in #Minsk, police use watercannon#BelarusProtests #AlexanderLukashenkohttps://t.co/ZSrMVGBkBB pic.twitter.com/kCbBGPwEVM
— World News Network (@worldnewsdotcom) October 4, 2020
"Um canhão de água foi utilizado em Minsk", afirmou, em declarações à agência France-Presse (AFP), a porta-voz do Ministério do Interior bielorrusso, Olga Tchemodanova, acrescentando que as forças policiais também efetuaram várias detenções, mas sem avançar mais pormenores.
Entretanto, a polícia armada com capacetes acabou por isolar as ruas no centro de Minsk, avança a Reuters.
A rede de Internet móvel em Minsk foi abaixo por volta do meio-dia e, através da rede social Telegram, alguns manifestantes pediram aos residentes de Minsk para desbloquear as suas de redes Wi-Fi se os protestos ocorressem nas proximidades.
Desde as contestadas eleições presidenciais de 9 de agosto, que atribuíram a Lukashenko, no poder há 26 anos, um sexto mandato e que a oposição bielorrussa considera como fraudulentas, centenas de milhares de bielorrussos têm saído às ruas (frequentemente ao domingo) em protesto, manifestações essas que têm sido marcadas por uma forte e violenta repressão pelas forças de segurança da Bielorrússia.
Este domingo não foi exceção e mais de 100 mil pessoas participaram, segundo a agência russa Interfax, numa marcha dedicada em especial aos "prisioneiros políticos".
O portal independente bielorrusso Tut.by relatou, ainda, que dezenas de milhares de pessoas estavam nas ruas da capital do país, divulgando imagens de uma multidão que empunhava bandeiras e faixas com as cores da oposição bielorrussa (branco, vermelho e branco).
Para além de restringirem o acesso à Internet móvel, as autoridades reduziram o funcionamento dos transportes públicos para dificultar a mobilização, de acordo com as agências internacionais.
Na sexta-feira, as autoridades bielorrussas já tinham cancelado as acreditações de todos os meios de comunicação social estrangeiros presentes naquele país, o que está a dificultar a cobertura mediática dos acontecimentos naquela ex-república soviética.
Para além de restringirem o acesso à Internet móvel, as autoridades reduziram o funcionamento dos transportes públicos para dificultar a mobilização, de acordo com as agências internacionais.
Na sexta-feira, as autoridades bielorrussas já tinham cancelado as acreditações de todos os meios de comunicação social estrangeiros presentes naquele país, o que está a dificultar a cobertura mediática dos acontecimentos naquela ex-república soviética.