Numa declaração perante a Câmara dos Comuns no seu regresso da cimeira do G8 em São Petersburgo, Blair reconheceu que a reunião na Rússia foi ensombrada pela escalada de violência entre Israel e o grupo xiita do Líbano.

Segundo a sua análise da situação, "o Hezbollah é apoiado pelo Irão e pela Síria: pelo primeiro com armas - armas que, curiosamente, são muito semelhantes, se não idênticas, às utilizadas contra as tropas britânicas em Bassorá -, e pelo segundo de muitas maneiras. Por ambos, financeiramente".

Israel começou os ataques contra o Líbano na passada quarta- feira, depois de o Hezbollah xiita libanês ter capturado dois dos seus soldados para trocá-los por prisioneiros libaneses e palestinianos.

Blair disse aos deputados britânicos que a escalada das tensões significa "a desintegração" das esperanças de estabilidade para a região.

"Durante dias vimos inocentes morrer pelo terrorismo num acto deliberado do Hezbollah, e civis morrer no decorrer da represália militar de Israel, e como se desintegravam as nossas esperanças de estabilidade na zona de conflito mais tensa do mundo", afirmou na sua declaração perante os Comuns.