Mundo
Bolsonaro admite gastar recursos com produtos menstruais
O presidente brasileiro, criticado por vetar a distribuição gratuita de produtos menstruais para mulheres carenciadas, disse na quinta-feira que se o Congresso revogar a sua decisão, terá de destinar recursos da Saúde e Educação para cumprir essa lei.
"Só o Parlamento pode derrubar o veto e aí estou obrigado a promulgar e tenho que conseguir recursos no próprio Ministério da Saúde ou da Educação, ou em ambos", declarou Jair Bolsonaro durante a sua habitual transmissão ao vivo na rede social Facebook.
"É retirar um pouquinho de cada lugar. Estou retirando porque sou um escravo da lei. Se o Congresso derrubar o veto, e estou torcendo para que derrube, vou arranjar absorventes (pensos higiénicos)", ironizou Bolsonaro, que calculou que os recursos para esse fim rondem os 300 milhões de reais (46,9 milhões de euros).
Na quarta-feira, dezenas de mulheres protestaram nas ruas do Rio de Janeiro contra o veto de Jair Bolsonaro à distribuição gratuita de pensos higiénicos e tampões para cidadãs em condições de vulnerabilidade social.
As manifestantes reuniram-se na Praça da Cinelândia, tradicional local de protestos no centro da cidade, onde criticaram a "falta de sensibilidade" do presidente.
Na semana passada, Bolsonaro vetou parte de um projeto de lei aprovado pelo Parlamento que previa a entrega gratuita de produtos como pensos higiénicos e tampões para mulheres em situação de vulnerabilidade social, como as que vivem nas ruas, as presidiárias ou adolescentes de famílias com baixos rendimentos e que estudam em escolas públicas.
O projeto faz parte de um amplo pacote de leis para promover a saúde menstrual no país, onde uma em cada quatro adolescentes já teve de deixar de ir à escola por não poder comprar um penso higiénico, segundo um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU).
Pelos cálculos do Senado, o projeto beneficiaria cerca de 5,6 milhões de brasileiras, pelo que o veto presidencial gerou uma onda de críticas de setores políticos e sociais, que classificaram a resposta de Bolsonaro como "absurda".
Bolsonaro, por sua vez, argumentou que foi "obrigado" a vetar partes da medida porque não foi especificada a origem dos recursos financeiros para o projeto, justificação que foi duramente criticada pelos legisladores e até por alguns aliados do presidente.
"É retirar um pouquinho de cada lugar. Estou retirando porque sou um escravo da lei. Se o Congresso derrubar o veto, e estou torcendo para que derrube, vou arranjar absorventes (pensos higiénicos)", ironizou Bolsonaro, que calculou que os recursos para esse fim rondem os 300 milhões de reais (46,9 milhões de euros).
Na quarta-feira, dezenas de mulheres protestaram nas ruas do Rio de Janeiro contra o veto de Jair Bolsonaro à distribuição gratuita de pensos higiénicos e tampões para cidadãs em condições de vulnerabilidade social.
As manifestantes reuniram-se na Praça da Cinelândia, tradicional local de protestos no centro da cidade, onde criticaram a "falta de sensibilidade" do presidente.
Na semana passada, Bolsonaro vetou parte de um projeto de lei aprovado pelo Parlamento que previa a entrega gratuita de produtos como pensos higiénicos e tampões para mulheres em situação de vulnerabilidade social, como as que vivem nas ruas, as presidiárias ou adolescentes de famílias com baixos rendimentos e que estudam em escolas públicas.
O projeto faz parte de um amplo pacote de leis para promover a saúde menstrual no país, onde uma em cada quatro adolescentes já teve de deixar de ir à escola por não poder comprar um penso higiénico, segundo um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU).
Pelos cálculos do Senado, o projeto beneficiaria cerca de 5,6 milhões de brasileiras, pelo que o veto presidencial gerou uma onda de críticas de setores políticos e sociais, que classificaram a resposta de Bolsonaro como "absurda".
Bolsonaro, por sua vez, argumentou que foi "obrigado" a vetar partes da medida porque não foi especificada a origem dos recursos financeiros para o projeto, justificação que foi duramente criticada pelos legisladores e até por alguns aliados do presidente.