O ex-presidente do Brasil apelou aos apoiantes para participarem numa "manifestação pacífica" a 25 de fevereiro em São Paulo, para se defender das acusações de golpe de Estado de que é alvo.
"No último domingo de fevereiro, dia 25, às 15h00, estarei na [avenida] Paulista, realizando um ato pacífico em defesa do nosso Estado Democrático de Direito", disse Jair Bolsonaro (2019-2022) numa mensagem de vídeo publicada na segunda-feira nas redes sociais.
"Nesse evento, eu quero me defender de todas as acusações que têm sido imputadas à minha pessoa nos últimos meses", continuou.
- Próximo 25/fevereiro/domingo.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 12, 2024
- Av. Paulista, às 15 horas.
- Deus, Pátria, Família e Liberdade.
- Jair Bolsonaro. pic.twitter.com/RbDOOpnCMo
Na quinta-feira, Bolsonaro foi alvo de uma operação policial no âmbito de uma investigação sobre o alegado papel desempenhado no golpe de Estado. No mesmo dia, foi proibido de sair de território brasileiro.
O também ex-capitão do exército, com direitos políticos anulados até 2030 por abuso de poder, tem sido alvo de numerosas investigações desde que deixou o cargo há 13 meses.
Os investigadores disseram acreditar que o alegado golpe de Estado foi encenado muito antes de 8 de janeiro de 2023, quando milhares de apoiantes de Bolsonaro invadiram as sedes do poder em Brasília, descontentes com a vitória do atual presidente, Luís Inácio Lula da Silva.
Um vídeo de uma reunião, realizada a 5 de julho de 2022 e divulgada na sexta-feira, mostra Bolsonaro a pedir a "todos os ministros" que lancem uma campanha contra as urnas eletrónicas, como ele próprio fez durante a corrida eleitoral desse ano.
c/ Lusa