O presidente do Brasil reafirmou que a vacina contra a covid-19 não será obrigatória, nem o certificado de vacinação, já adotado por alguns estados e municípios do país.
As declarações de Bolsonaro surgem um dia após o chefe de Estado ter sido acusado de nove crimes durante a gestão da pandemia por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que ao longo de seis meses investigou alegadas falhas e omissões do executivo na condução da crise sanitária.
A CPI concluiu que o presidente agravou a crise de saúde por uma "decisão política" e acusou-se de "crimes contra a humanidade".
No total, foram atribuídos a Bolsonaro os crimes de prevaricação; charlatanismo; epidemia com resultado morte; infração a medidas sanitárias preventivas; emprego irregular de verba pública; incitação ao crime; falsificação de documentos particulares; crime de responsabilidade e crimes contra a humanidade.
Sobre a acusação, Bolsonaro afirmou ter a "consciência limpa".
"Não vou discutir essa história de fantasia", disse, numa referência ao trabalho da CPI.
Intransigente e isolado no Mundo
"Talvez eu seja o único chefe de Estado do mundo a dar a cara sobre isso. A decisão nem sempre agrada a todo o mundo, mas temos que decidir de que lado estamos e não é do lado politicamente correto. Eu escolhi o lado certo, o lado da verdade ", acrescentou.
Para Bolsonaro, "a política do 'fique em casa' é uma das mais perversas da humanidade".
"Aqui, no Brasil, todos a adotaram. Grande parte da população pediu 'lockdown' e eu tinha poder para fechar o Brasil, mas não fechei um botequim (bar) sequer", disse.