Brasil debate-se com polémica sobre entrega de vacinas

por Lusa
O atraso na entrega da vacina chinesa no Brasil está a provocar ruído EPA

O Instituto brasileiro Butantan informou na quarta-feira que cumprirá a entrega de 46 milhões de doses da vacina da coronavac ao Ministério da Saúde, negando ter paralisado a produção local do imunizante.

O Instituto Butantan, vinculado ao estado de São Paulo e que produz no Brasil a vacina do laboratório chinês Sinovac, indicou que o cronograma de entregas do imunizante ao governo federal será cumprido.

O comunicado foi emitido na sequência de alguns jornais brasileiros terem noticiado que a produção da Coronavac estava paralisada devido à falta de matéria-prima proveniente da China.

"O Instituto Butantan esclarece que não interrompeu a produção da vacina contra o novo coronavírus. Todas as doses provenientes do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) recebido da China já foram envasilhadas", explicou a centro de investigação biológica.

Neste momento, segundo o Butantan, cerca de 2,5 milhões de vacinas encontram-se em processo de inspeção de controlo de qualidade para serem entregues na próxima semana ao Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.

"Desde janeiro, o Instituto já entregou 38,2 milhões de doses da vacina ao país. Com uma nova remessa de IFA, prevista para a próxima semana, será possível integralizar todas as 46 milhões de doses referentes ao primeiro contrato com o Ministério da Saúde até o dia 30 de abril", conclui o documento.

Ao portal de notícias G1, o diretor do Instituto, Dimas Covas, afirmou que houve um atraso no despacho de um lote de matéria-prima da vacina produzida na China, mas negou qualquer impacto ou anormalidade no processo de entrega da Coronavac.

"A matéria-prima está pronta para o embarque na China, houve um problema no embarque. Não há anormalidade. Não há retenção de vacina da China. Não há nenhum ruído de comunicação entre o Brasil e a China nem entre o Butantan e a Sinovac", disse Dimas Covas.

O Brasil, que atravessa o seu momento mais crítico na pandemia com sucessivos recordes de mortos e casos, totaliza 340.776 óbitos e 13.193.205 diagnósticos de infeção desde que o primeiro caso foi registado no país, há cerca de 13 meses.
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